Os motores estão parando

O céu de brigadeiro que por quase duas décadas navegou a economia mundial começou a ficar enevoado no ano de 2008, quando a economia mundial passou por uma crise muito forte, se comparada a de 1929. Para superar essa terrível crise, os bancos centrais americano e europeu tiveram que socorrer muitos bancos privados que tinham dívidas abissais com o setor imobiliário norte-americano, o detonador dessa crise que começou nos EUA e contaminou as economias ao redor do mundo. Quem também contribuiu para a diminuição dos efeitos dessa crise financeira mundial foi à República Popular da China, o segundo motor da economia mundial, o maior comprador de commodities dos países subdesenvolvidos.

De lá pra cá, outras crises aconteceram, como a da Grécia, mas que logo foi contida pela ação rápida do Banco Central Europeu. Mas agora, as más notícias nos vem da China, que anunciou um continuo aumento da inflação e a queda no consumo. Nos EUA a situação se agrava cada vez mais, com a economia estadunidense não reagindo aos efeitos dos medicamentos prescritos, em que pese todos os esforços envidados pelo governo central.

A situação agora se complica mais ainda, haja vista, as duas maiores economias do mundo vim dando sinais de que todo o receituário médico usado para evitar uma recessão profunda está se revelando ineficaz. Isso quer dizer que os dois motores da economia mundial estão parando.

Tudo isso nos leva a crer que o ano de 2011 não será nada auspicioso. Uma crise mundial que passou ao largo do Brasil em 2009, mas que ameaça atingir em cheio - um país que ainda depende das suas commodities para fazer a roda da sua economia girar.

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