terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um filme que já assistimos

por  Dom Alfredo Schaffler 

Novamente estamos sendo convocados para dar o nosso voto a uma pessoa que vai nos representar nos destinos do nosso país. Quando confiamos a representação a uma pessoa entregamos um cheque em branco, por isso é um ato de grande confiança.

Quantas vezes já se tomou conhecimento que as pessoas que foram eleitas para um cargo, depois estão esquecendo-se do eleitor?

No passado tomou se conhecimento que antes das eleições ofereceram mimos e pequenos presentes como um saco de cimento, uma carrada de barro ou areia, óculos, uma consulta num médico ou até uma dentadura. Os tempos mudaram; hoje os mimos são outros. A implantação de uma sala de computadores num povoado, um pedaço de asfalto numa estrada, a extensão de uma linha elétrica. Tudo isso se fez por conta dos programas governamentais, pagos com nossos impostos. Mas de repente aparecem os “ benfeitores” destes benefícios para receber o seu pagamento em forma de voto.

Novamente o filme de tempos passados num outro colorido está sendo apresentado.

Olhando os números e estatísticas do  almanaque Abril estamos vendo que nossa terra querida do Piauí ocupa em tantos aspectos um lugar na luz trazeira. A renda per cápita está sendo apontada como a mais baixa da federação, a qualidade da escola fundamental em certos municípios tira a nota nada recomendável e a escola média situa-se num dos últimos lugares.

Em que foi que não acertamos quando confiamos a nossa representação a pessoas que estavam na responsabilidade de mudar e transformar a realidade do nosso Estado.

Apesar de todo o desenvolvimento e aumento de riqueza na sociedade brasileira, a luta contra a pobreza permanece como um desafio. É necessária a participação efetiva de cada cidadão, por isso devemos pensar bem antes de confiar o nosso voto para que este filme não se repita novamente, mesmo em outras cores.

Dom Alfredo Schaffler  - Nascido na Áustria, Dom Alfredo Schaffler foi ordenado sacerdote no dia 16 de junho de 1968 na cidade e Diocese de Oeiras. Inicialmente foi vigário cooperador em Oeiras e coordenador de Pastoral. Em 1970 assumiu inicialmente como vigário paroquial em Picos e posteriormente como pároco a paróquia de Nossa Senhora dos Remédios na cidade de Picos até 1984. Neste ano transferiu-se para Teresina assumindo como Juiz Presidente o Tribunal Regional Nordeste IV. Em Teresina foi pároco na paróquia de Cristo Rei e Vigário Episcopal para a Administração da Arquidiocese. Em 15 de março de 2000 foi nomeado Bispo Coadjutor de Parnaíba. Em 21 de fevereiro de 2001 assumiu o governa da Diocese de Parnaíba. 

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