quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A poesia segundo Vespasiano Ramos


Samaritana

Piedosa gentil Samaritana:
Venho, de longe, trêmulo, bater
À vossa humilde e plácida cabana,
Pedindo alívio para o meu viver!

Sou perseguido pela sede insana
Do amor que anima e que nos faz sofrer:
Tenho sede demais, Samaritana
Tenho sede demais: quero beber!

Fugis, então, ao mísero que implora
o saciar da sede que o consome,
o saciar da sede que o devora?

Pecais, assim, Samaritana! Vede:
— Filhos, dai de comer a quem tem fome,
Filhos, dai de beber a quem tem sede. 

VESPASIANO RAMOS - é um poeta maranhense 
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