O ex-secretário de Estado norte-americano Colin Powell endossou
nesta quinta-feira a candidatura do presidente dos EUA, Barack Obama, para a
reeleição, citando os esforços do presidente democrata para diminuir a guerra
no Afeganistão e combater o terrorismo.
"Eu
acho que devemos continuar no caminho que estamos", disse o republicano,
que também apoiou Obama em 2008, ao programa "This Morning" da CBS.
"Eu votei nele em 2008 e eu pretendo continuar com ele em 2012."
O
comentário foi feito poucos dias depois de Obama e o rival republicano Mitt
Romney discordarem sobre a política externa no terceiro e último debate
presidencial antes da eleição de 6 de novembro.
As
pesquisas mostram Obama e Romney bem próximos. Uma pesquisa Reuters/Ipsos
online deu a Romney uma vantagem de 1 ponto na quarta-feira, com 47 por cento
contra 46 por cento de Obama.
A
campanha de Obama foi rápida em promover o endosso com uma declaração em vídeo
divulgada cerca de 30 minutos depois da aparição de Powell.
Powell
criticou a política externa de Romney como inconsistente e questionou a
capacidade do ex-governador de Massachusetts para lidar com o déficit e com os
cortes na defesa.
"Eu
não tenho certeza de qual governador Romney nós teríamos no que diz respeito à
política externa", disse Powell, chamando a política externa de Romney de
"um alvo em movimento".
Quanto
ao orçamento dos EUA, ele acrescentou: "Essencialmente, vamos cortar
impostos e compensar isso com outras coisas, mas essa compensação não cobre todos
os cortes pretendidos ou as despesas associadas com a defesa".
Powell
tem criticado os conselheiros de política externa de Romney e reclamou da
postura do ex-executivo de negócios sobre países como a Rússia.
Um
republicano moderado, Powell atuou no cargo durante o mandato do presidente
George W. Bush. Alguns dos conselheiros de Romney são veteranos mais
conservadores da administração Bush.
"Há
algumas visões neoconservadoras muito, muito fortes que são apresentados pelo
governador com as quais eu tenho alguns problemas", disse Powell na CBS.
Ele
acrescentou que outras questões como a economia e educação também têm grande
importância em seu contínuo apoio para um segundo mandato de Obama.
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