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| O ministro Luiz Fux |
O ministro do STF Luiz Fux que já havia concedido liminar aos estados ditos produtores de petróleo, atendendo a um mandado de segurança apresentado à corte pela bancada do estado do Rio de Janeiro, pede explicações ao presidente do Senado, Renan Calheiros. Nesse mandado de segurança os parlamentares do Rio de Janeiro alegam que o regimento do Congresso e a Constituição Federal foram desrespeitados. Mais uma vez o ministro Luiz Fux se mostrou sensível ao pleito dos fluminenses.
Nessa disputa, por uma riqueza que pertence a União,
existe má fé de parte daqueles que são contra uma distribuição igualitária dos
royalties do petróleo produzido na camada Pré-Sal, que está localizado há mais
de 300 quilômetros da costa dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Como justificativa para que os outros 24 estados e 5000 municípios não sejam
beneficiados com essa riqueza, que pertence a todos os brasileiros, os juristas
contratados por esses estados apontam improváveis prejuízos ambientais para esses
estados, caso ocorra um vazamento, o que dificilmente os afetará, porque o
petróleo vazado será levado pela corrente oceânica que impedirá que o petróleo
atinja à costa brasileira. Se vier a acontecer um desastre ambiental, ele desastre
será mundial.
Nessa disputa já tem um grande perdedor: a presidente
Dilma Rousseff, que qualquer que seja o resultado, perderá apoio político. Se
os estados que se dizem produtores vencerem essa altercação, o resto do país
(24 estados e 5000 municípios se voltarão contra a presidente). Se o resultado
for favorável ao resto do país, os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo
poderão retaliá-la.
Mas a presidente Dilma Rousseff, no caso do resto do país
vencer, ela pode se defender, dizendo que o estado do Rio de Janeiro sob os
governos petistas foi o mais beneficiado de todos. E mostrar os grandes investimentos
feitos nesse estado: na preparação para os jogos pan Americanos, a Copa do
Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016. Afinal de contas, o Brasil não resume só ao
Rio de Janeiro.

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