Após
muita hesitação, a União Européia (UE) chegou finalmente a um acordo para endurecer as
sanções contra a Rússia, que agora entram na chamada “fase três”: sanções que
atingem setores-chave da economia russa e que dão forma ao maior confronto
entre o Ocidente e Moscou desde os tempos da Guerra Fria.
Primeiros visados: Os bancos. As instituições financeiras
detidas majoritariamente pelo Estado russo deixam de poder financiar-se na
Europa. Os bancos europeus param de comprar obrigações russas criando uma
enorme dificuldade a Moscou para financiar a economia.
No setor da defesa, a UE impõe um embargo à venda de armas
e de material que possa ter um uso duplo, militar e civil.
Na energia, os 28 colocam uma interdição à venda de
tecnologias fundamentais para a perfuração e prospecção de petróleo, em
particular a de exploração em águas profundas.
Por outro lado, as tecnologias ligadas ao gás – de que
alguns países tanto necessitam – ficam, para já, fora do embargo.
A economia russa irá sentir o golpe, como afirma Henning
Riecke, da Sociedade Alemã dos Negócios Estrangeiros:
“A Rússia tem necessidade das tecnologias ocidentais para
se modernizar. É o que se passa com a indústria do armamento, mas também é um
fator importante em todos os outros setores, em particular no da energia,
nomeadamente com as tecnologias de prospecção em águas profundas, que também
foram embargadas. Quando a cooperação parar, a Rússia irá sofrer um revés que
não será fácil de compensar”.
A
economia russa, que vale atualmente cerca de 1,5 bilhões de euros, já está a
estagnar-se. Segundo o FMI,
o PIB só irá crescer 0,2% em 2014 e a fuga
de capitais da Rússia este ano já atinge 52 mil milhões de euros.
Mas
a Europa também terá um preço a pagar para defender os seus valores, um custo
de 0,3% do PIB, este ano, e
de 0,4% em 2015, segundo o EU Observer.
A
economia alemã também já começou a sentir os efeitos das sanções contra Moscou,
afirma o deputado do SPD, Gernot Erler:
“Desde o início do ano, o volume de negócios com a Rússia sofreu um corte de 17%. Os analistas esperam perdas entre 4 e 6 mil milhões de euros no final do ano. São números impressionantes”.
“Desde o início do ano, o volume de negócios com a Rússia sofreu um corte de 17%. Os analistas esperam perdas entre 4 e 6 mil milhões de euros no final do ano. São números impressionantes”.
Em 2013, a União Européia exportou 207 mil milhões de
euros para a Rússia e importou 120 mil milhões, segundo os dados da Comissão
Européia. Em 2014, estes valores vão seguramente cair. Com euronews
Em TemPO:
Embora a União
Européia também sofra com as sanções impostas à Rússia, por tratar-se de um
grande parceiro comercial, o mundo ocidental precisa impor limites à política
expansionista da Federação Russa, que se nada for feito nesse sentido vai se sentir
estimulada a reconquistar o que esse país euorasiático perdeu com o fim da
União Soviética. (Dom Severino)
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