Um
grupo de integrantes da Rede Sustentabilidade coleta assinaturas para um
manifesto que rejeita o apoio da candidata derrotada à Presidência Marina Silva (PSB), ao candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo
turno da eleição para presidente. O manifesto (leia íntegra ao final desta reportagem) foi organizado por um segmento da Rede chamado Elo Nacional
e, até esta segunda-feira (13), reunia 25 assinaturas, inclusive de membros da
Executiva Nacional.
A Rede é um projeto político de Marina e teve o registro como partido negado no ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por não ter reunido o número mínimo de assinaturas necessárias à oficialização de nova legenda. Após a decisão do TSE, a ex-senadora se filiou ao PSB para disputar a Vice-Presidência da República na chapa do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Com a morte de Campos, Marina concorreu à Presidência pelo partido e ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 21,32% dos votos.
A Rede é um projeto político de Marina e teve o registro como partido negado no ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por não ter reunido o número mínimo de assinaturas necessárias à oficialização de nova legenda. Após a decisão do TSE, a ex-senadora se filiou ao PSB para disputar a Vice-Presidência da República na chapa do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Com a morte de Campos, Marina concorreu à Presidência pelo partido e ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 21,32% dos votos.
A favor da nova política
O
primeiro turno das eleições presidenciais expôs um Brasil prisioneiro de um
paradoxo. O centro de poder decadente, conservador e estagnado na velha
polarização PT x PSDB, representada por Dilma e Aécio no segundo turno,
enclausurou o efervescente desejo de mudanças manifestado nas jornadas de junho
de 2013 e reafirmado pelo posicionamento de aproximadamente dois terços do
eleitorado brasileiro.
A crise
de representação se aprofundou porque as duas principais máquinas partidárias
do país lançaram mão do uso descarado dos instrumentos de poder político,
institucional, midiático e econômico para cooptar, coagir, pressionar e
manipular a vontade popular, impedindo que esse sentimento de mudança
predominante na população se materializasse em uma representação alternativa e
consequente no segundo turno.
Qualquer
que seja o eleito, Dilma ou Aécio, realizará um governo que queimará
recursos naturais e conquistas sociais e se servirá do velho padrão do
fisiologismo e do patrimonialismo travestido de “garantia da governabilidade”
para preservar um modelo de desenvolvimento baseado nos pilares intocáveis da concentração
de renda e da exploração irracional dos recursos naturais. Isto
porque os projetos em disputa mantêm em seu DNA a cultura da velha política,
da corrupção, da promoção dos interesses do mercado em detrimento
dos direitos sociais, da servidão à lei do mais forte; usam e abusam da gestão
inescrupulosa, do aparelhamento do estado e do poder público para o
favorecimento privado, cooptando e sendo cooptados por interesses escusos.
Esta é a
natureza do poder exercido no governo federal, nos estados de São Paulo, Rio de
Janeiro ou Minas Gerais, independentemente de qual das duas coalizões governe.
Ressaltamos
que as conquistas sociais e econômicas alcançadas pelos brasileiros e
brasileiras não foram dádivas ou concessões das cúpulas partidárias do PT ou do
PSDB. São os frutos de uma longa e difícil história de lutas que
prosseguirá para garantir a preservação dessas conquistas e que precisa
avançar até a construção de um modo de vida e de organização social e econômica
que propicie vida digna, justa e ambientalmente sustentável para todos nós.
Como
afirma a nota divulgada pela executiva Nacional da Rede Sustentabilidade, que
reitera a urgência da mudança, é nosso dever “reconhecer que a sociedade
brasileira não encontrou ainda o caminho, as condições e o tempo de realizá-la.
Em nossa democracia, a estrutura política e partidária brasileira impediu, mais
uma vez, a realização dessa afirmação histórica”.
Neste
momento, a humildade diante das adversidades e das limitações impostas pelas
condições do presente exige de nós a grandeza necessária para realizarmos uma
avaliação profunda de nossos erros e debilidades. Mas, ao mesmo tempo,
de reafirmar a persistência no caminho da consolidação e do fortalecimento de
uma alternativa de mudança capaz de conquistar, ao lado de nosso povo, a
emancipação social, a paz, a felicidade e a sustentabilidade como legado para
as gerações futuras. E isso só poderá ser feito se estreitarmos nossos laços
com os que acreditam que os sonhos são a matéria prima mais concreta da
política.
Diante
deste quadro, os signatários desta trazem a público a opinião consolidada em
amplos setores da sociedade de que constitui-se grave erro político a
declaração de voto e a adesão à campanha de Aécio Neves. Nenhuma modificação
formal no programa eleitoral de Aécio transformará a natureza de sua
candidatura, que não se constitui de palavras, mas de atos de história concreta
que indicam sua integração orgânica à desconstituição de direitos, aos
ruralistas e ao capital financeiro.
A favor
da nova política manteremos a nossa independência da polarização PT x PSDB. Ser
parte da polarização PT x PSDB destoa do projeto original da Rede
Sustentabilidade, que nasceu com o propósito maior de estimular a emergência
dos sujeitos autorais, dos indivíduos livres e conscientes, que não se dispõem
a realizar suas mais legitimas aspirações e interesses no âmbito da velha,
estagnada e conservadora política que tanto PT quanto PSDB representam e
praticam.
Para
mantermos a coerência e a qualificação de nossa intervenção política, só há um
caminho: continuar afirmando a necessidade de uma nova e de uma outra política.
Nosso
principal desafio é estarmos à altura do presente, olhar para o futuro e
enxergar além dessa falsa polarização que representa o passado. É ter a mais
firme de todas as posições: rejeitar as duas candidaturas e não indicar voto em
nenhum dos dois lados.
É se
declarar independente, sem nenhum compromisso com essa nefasta polarização.
Acauã
Rodrigues - Elo Nacional da Rede
Antonio Daltro Moura - Elo Nacional da Rede
Cassio Martinho - Executiva Nacional da Rede
Celio Turino - Elo Nacional da Rede
Claudineia Costa - Elo Nacional da Rede
Daniela Vidigal - Elo Nacional da Rede
Eduardo Thorpe - Elo Nacional da Rede
Fernando Oliveira - Elo Nacional da Rede
Fred Mendes - Elo Nacional da Rede
Gilson Tessaro - Elo Nacional da Rede
Haldor Omar - Executiva Nacional da Rede
Jefferson Moura - Executiva Nacional da Rede
Julio Rocha - Executiva Nacional da Rede
Leonel Graça - Elo Nacional da Rede
Luciene Reis - Elo Nacional da Rede
Marcela Moraes
Mario Neto - Elo Nacional da Rede
Martiniano Cavalcante - Executiva Nacional da Rede
Muriel Saragoussi - Executiva Nacional da Rede
Roberto Martins - Elo Nacional da Rede
Urbano Matos - Elo Nacional da Rede
Valeria Tatsch - Elo Nacional da Rede
Washington Carvalho - Elo Nacional da Rede
Carlos Painel - Executiva Nacional
Thiago Rocha - Executiva Nanional. Fonte: G1 Brasília
Antonio Daltro Moura - Elo Nacional da Rede
Cassio Martinho - Executiva Nacional da Rede
Celio Turino - Elo Nacional da Rede
Claudineia Costa - Elo Nacional da Rede
Daniela Vidigal - Elo Nacional da Rede
Eduardo Thorpe - Elo Nacional da Rede
Fernando Oliveira - Elo Nacional da Rede
Fred Mendes - Elo Nacional da Rede
Gilson Tessaro - Elo Nacional da Rede
Haldor Omar - Executiva Nacional da Rede
Jefferson Moura - Executiva Nacional da Rede
Julio Rocha - Executiva Nacional da Rede
Leonel Graça - Elo Nacional da Rede
Luciene Reis - Elo Nacional da Rede
Marcela Moraes
Mario Neto - Elo Nacional da Rede
Martiniano Cavalcante - Executiva Nacional da Rede
Muriel Saragoussi - Executiva Nacional da Rede
Roberto Martins - Elo Nacional da Rede
Urbano Matos - Elo Nacional da Rede
Valeria Tatsch - Elo Nacional da Rede
Washington Carvalho - Elo Nacional da Rede
Carlos Painel - Executiva Nacional
Thiago Rocha - Executiva Nanional. Fonte: G1 Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário