sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A corrupção no Brasil está quase que institucionalizada

 O empresário Ricardo Semler, que fez sucesso quando lançou o livro "Virando a própria mesa" em 1988, afirma que a cultura da corrupção está entranhada no setor público e diz que deixou de fazer negócios com estatais, porque era impossível vender sem pagar propina.

“Afinal, quem de nós não aceitou um pagamento sem recibo para médico, deu uma cervejinha para um guarda ou passou escritura de casa por um valor menor?”. Com essa sua frase contundente esse misto de ex-roqueiro, empresário e escritor Ricardo Semler, põe o dedo na ferida e confirma aquilo que muito de nós que vivemos fora das entranhas do poder, supúnhamos que acontecesse, como uma forma de azeitar a maquina pública para que o dinheiro tão necessário para executar uma obra saísse e depois, grande parte desse dinheiro fosse rateado entre lobistas e políticos.

Acabou a discussão. A corrupção está tão enraizada no Brasil, que sem o pagamento de propina, o País para. É o que afirma o advogado Mario de Oliveira Filho, que defende o lobista Fernando Baiano Soares, investigado pela Operação Lava Jato como elo de ligação do PMDB em um suposto esquema corrupto dentro da Petrobras.

O valor de 10, 20 e 30% dos recursos contratados com o governo federal e agencias de financiamentos, no futuro são usados para bancar as campanhas dos partidos A, B,C ou D. É assim que a coisa funciona. Por essas e outras é que neste país só se elege que tem muito dinheiro para bancar uma campanha e comprar votos nos currais eleitorais que existem em todos os estados da federação. 

Com o advento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a secretaria de Infrestrrutura, antes considerada o patinho feio da administração pública, passou a ser a secretaria mais cobiçada, pelo volume de recursos que esse órgão passou a controlar e administrar. 

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