Stone song
(Porto Alegre, 1996)
Eu
gosto de olhar as pedras
que
nunca saem dali.
Não
desejam nem almejam
ser
jamais o que não são.
O
ser das pedras que vejo
é
só ser, completamente.
Eu
quero ser como as pedras
que
nunca saem dali.
Mesmo
que a pedra não voe,
quem
saberá de seus sonhos?
Os
sonhos não são desejos,
os
sonhos sabem ser sonhos.
Eu
quero ser como as pedras
e
nunca sair daqui.
Sempre
estar, completamente,
onde
estiver o meu ser.
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