FHC é tão igual aos demais políticos brasileiros que seguiu o
caminho de José Sarney e ingressou na ABL
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A maior virtude do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, o autor do livro Diários da Presidência é a sinceridade. Uma qualidade
rara nos dias de hoje, na política nacional.
Nesse seu livro FHC se revela de uma franqueza surpreendente
ao se mostrar um político igual aos demais, como no episódio da anistia do senador
Humberto Lucena e mais 15 políticos que foram condenados pela justiça
eleitoral, por uso indevido da gráfica do Senado e que foram anistiados por
ele.
Na frase “O PMDB hoje não é um partido, é uma
confederação de interesses e de valores”, FHC também se
manifesta de maneira admirável, porque despe o PMDB, um partido que desde
sempre foi fisiologista, corporativista e patrimonialista.
Na escolha do seu ministério, FHC já estava preocupado
em praticar o presidencialismo de coalizão, caracterizado pela política de coalizões
partidárias, que significa trocar votos por apoio e em atender aos interesses
partidários e regionais de cada bancada. Não preocupado em refazer o equilíbrio
regional, com ênfase na busca de diminuir o desequilíbrio entre as regiões ricas
e as secularmente empobrecidas.
Esse livro promete ser um best seller pela curiosidade que ele desperta por revelar as
entranhas do poder e as negociatas que o presidente num regime presidencialista
de coalizão é obrigado a fazer para governar.
por Joachim Arouche
por Joachim Arouche
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