segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O ministro Marcelo Castro tem lado






“Quem não está comigo está contra mim”. (Tomazia Arouche)

Essa frase da antropóloga Tomazia Arouche guarda alguma relação com a atitude do ministro da Saúde, Marcelo Castro, que jogou duro com o novo líder do PMDB na Câmara Federal, o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG) que substituiu o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) nesse cargo.

O telefonema do deputado Leonardo Quintão ao ministro da Saúde deveria ser certamente para pedir algum tipo de favor ao ministro - o que Marcelo Castro, numa atitude arrojada, fez o que a presidenta Dilma Rousseff deveria fazer com quem está em cima do muro e faz jogo duplo. Para essa gente, na hora de se beneficiar do governo federal, o governo serve, mas na hora de se posicionar contra ou a favor do impeachment, políticos como Quintão se alinham com Michel Temer.

Se o governo Dilma Rousseff conseguir sobreviver ao bombardeio da imprensa e da oposição, Marcelo Castro se tornará o homem forte do governo, assim como o ex-ministro Ciro Gomes e o governador do estado do Maranhão, Flávio Dino, que não estão medindo esforços na hora de defender o quarto governo do PT.

Leia diálogo de Quintão com o ministro da Saúde Marcelo Castro:

- Quintão queria uma aproximação.

- Quintão, para a gente se aproximar, antes preciso saber a sua posição sobre o impeachment.

- Bom, ministro, a minha posição é a do PMDB.

- Como assim, posição do PMDB? O PMDB está rachado, Quintão. Você é contra ou a favor do impeachment? Tem que ter posição. Qual é a sua?

- O partido ainda tá discutindo, Marcelo.

- Tá discutindo porra nenhuma, Quintão. Ou você tem posição ou não tem. Eu tenho. Sou contra. Tchau.

E bateu o telefone na cara de Quintão.


Fonte: O GLOBO


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