Temer
está fugindo dos holofotes da imprensa para não ter que dar explicações que
cause embaraço, a si e ao partido que preside há mais de duas décadas.
O PMDB
realizou convenção no último final de semana e sinalizou na direção de um
rompimento com o governo do qual é sócio, ao dar um aviso prévio de 30 dias à
presidenta Dilma Rousseff, para que nesse espaço de tempo o governo se adeque
ao partido presidido por Temer.
O
vice-presidente da república Michel Temer que a partir do momento em que a
cassação da chapa Dilma-Temer pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE) passou a
ser encarada com a saída mais provável, passou a falar menos e a emitir opinião
sobre a situação do governo e do país, porque até aqui ele não conseguiu
desvincular o seu partido de um governo do qual participa com sete ministérios
e centenas de cargos no segundo e terceiro escalões.
Hoje, o
vice Michel Temer anda preferindo o anonimato, para se livrar de perguntas
indiscretas e não ter que responder sobre a sua participação no governo
federal, sobre a situação vexatória do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
e do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos réus em processos no STF.
O passado
do PMDB é o maior empecilho ao sucesso do projeto político de Michel Temer, por
uma razão muito simples: é que o PMDB desde o governo do presidente José
Sarney, vem fazendo parte direta e indiretamente dos governos Fernando Collor,
Itamar Franco, FHC, Lula e Dilma.
por Joachim Arouche
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