O Procurador-Geral da República (PGR) Rodrigo Janot, que foi acusado publicamente pelo ex-presidente da república Luís Inácio Lula da Silva de ser uma pessoa ingrata, porque na hora mais necessária não atendeu aos apelos de quem lhe ajudou a ocupar esse importante cargo, voltou atrás e contrariando uma decisão do ministro do STF Gilmar Mendes recomendou ao STF a nomeação de Lula para ministro Chefe da Casa Civil.
Em
parecer enviado ao STF, o PGR Rodrigo Janot opinou por manter as investigações
sobre o petista até a data de sua posse, no último dia 17, sob a supervisão do
juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato na primeira
instância da Justiça Federal.
Em outra
parte da recomendação ao STF, Janto reconheceu o poder da presidente para
escolher seus ministros, sobretudo na Casa Civil. Para Janot, deve-se validar a
nomeação “para evitar maiores danos à atuação governamental, uma vez que a
pasta ministerial se encontra desprovida de seu titular, em momento de
conhecida e profunda turbulência política e econômica que o país atravessa”.
Essa
recomendação do PGR Rodrigo Janot feita ao STF para a nomeação de Lula seja aceita é
um gesto puramente de gratidão, porque ele justifica sua decisão, dizendo que
ela evita danos maiores à atuação governamental. Isso quer dizer que Janot
optou por recomendar a nomeação de Lula, por uma decisão lastreada na lei, mas,
para tentar garantir a governabilidade do governo Dilma Rousseff.
Essa
atitude de Rodrigo Janot é compreensível, porque nós os brasileiros somos
pessoas românticas e eternamente gratas a quem nos faz um mimo, uma condescendência caridosa, um gesto carinhoso.
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