O cinismo é a nossa principal característica. Parafraseando o dramaturgo Nelson Rodrigues, eu
digo que só o cinismo nos redime e que é preciso muito cinismo para que o brasileiro
conviva com a nossa classe política sem se sentir agredido moralmente e eticamente.
Na política, assim como em todas as demais atividades
humanas, no Brasil existem pessoas que não foram contaminadas pelo vírus do
cinismo. Só que infelizmente, os não cínicos são uma pequena minoria.
O PMDB que até alguns dias atrás fazia parte do governo Dilma
Rousseff, com sete ministérios e mais de 600 cargos no segundo e terceiro escalões,
só depois de assumir o governo, descobriu que existe um rombo de 200 bilhões no orçamento.
O PMDB além de participar diretamente dos dois últimos governos
do Partido dos Trabalhadores (PT) é o maior partido brasileiro com as maiores
bancadas na Câmara Federal e no Senado. Bancadas essas que tem o dever e a obrigação
de fiscalizar o governo.
O PMDB, não tem condição moral e ética para criticar o
governo anterior e para se apresentar ao país como paladino da moralidade pública.
De um total de 23 ministérios do governo provisório de Temer, seis respondem a inquéritos
na Suprema Corte.
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