segunda-feira, 11 de julho de 2016

O país dos grandes contrastes e enormes fossos sociais

Os empresários Fernando Cavendish e Carlinhos de cabeças raspadas. Pelo menos isso

O presidente da CPMI do Cachoeira, o então senador Vital do Rego é hoje ministro do TCU

No Brasil, pobre, negro e prostituta morrem na cadeia sem ter acesso a nenhum tipo de benefício que lhes favoreça, pelo simples fato de não terem advogados que os socorram. A favor do criminoso rico, existe sempre os benefícios das leis, um excelente advogado e a simpatia de alguns juízes. É óbvio que ainda existem juízes no Brasil.

O caso mais emblemático dos contrastes no Brasil é a mais recente soltura do banqueiro Carlinhos Cachoeira, do empreiteiro Fernando Cavendish e mais três empresários presos pela Operação Saqueador. Antes dessa decisão da desembargadora Nizete Lobato, o ministro do STJ, Nefi Cordeiro já havia determinado a soltura desses empresários.

No Brasil o juiz manda prender, o desembargador manda soltar e o ministro, confirma a decisão da autoridade imediatamente inferior, o que desmoraliza o juiz de primeira instância. 

Os empresários Carlos Augusto de Almeida Ramos (vulgo Carlinhos Cachoeira) e Fernando Cavendish que foram salvo da CPMI do Cachoeira por uma junção de esforços de partidos de oposição e da base aliada do governo, porque de ambos os lados tinham governadores e parlamentares envolvidos, demonstram ter um grande poder na república.  

Na delação premiada do Delcídio do Amaral homologada pelo Supremo Tribunal Federal em 15 de março de 2016, Delcídio diz que o governo e parlamentares governistas puseram fim a CPMI do Cachoeira quando ela se aproximou de chegar ao operador Adir Assad e em empresas usadas para lavar dinheiro do caixa dois da campanha presidencial petista em 2010.

O Brasil continua e continuará sendo, ainda por muito tempo, o país dos contrates e de enormes fossos sociais.

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