sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A música baiana perde folego e cede lugar à música brega


Elomar Figueira de Melo

A música baiana que por várias décadas dominou a cena musical brasileira, com o advento do axé-music, perde folego e vem sendo substituída pelo “besteirol” formado pelo forró estilizado e o sertanejo universitário. 

O nível da música brasileira caiu muito nas últimas três décadas, com as grandes gravadoras impondo a todo o país, estilos musicais com letras de rimas pobres e o romantismo brega.

A Música Popular Brasileira (MPB) resiste nos meios intelectuais (uma cultura musical que é transmitida de pai para filho), mas, na grande mídia ela desapareceu completamente, porque o gosto musical da grande massa (massa ignara) é ditado por programas do tipo Faustão, Raul Gil e outros do gênero.

Você, eu, qualquer pessoa liga o seu rádio e o que ouve, via de regra, são músicas de duplo sentido e de gosto duvidoso. Uma música, insisto, que nos é imposta pela indústria da música - que só pensa na venda de shows e nos cachês, muito deles super faturados.

O novo na música brasileira é o Hip Hop e o Rap, com músicas instigantes, inteligentes e comprometidas com o social, como as produzidas por Criolo, Carol Conka, Racionais MC, Sabotagem e Clã Nordestino. No Brasil só intelectuais conhecem o trabalho de Elomar, Xangai, Valeduaté, Chico Maranhão, Paulinho Pedra Azul e Itamar Assunção. (Dom Maranhão)

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