sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O combate a violência não pode ser uma ação isolada



O combate a violência para ser efetivo, precisa combinar ação policial repressiva com políticas públicas que trabalhem à formação de mão de obra qualificada, a geração de emprego e a criação de espaços para a prática de esporte e lazer, sobretudo nas áreas periféricas, onde a ausência do estado é mais visível e por isso se faz necessária e urgente.

O jovem que mora na periferia das grandes cidades brasileiras é uma pessoa sem perspectiva de vida digna, porque o meio em que vive não lhe oferece nenhuma oportunidade para viver dignamente e a ausência do estado é ocupada pela contravenção, leia-se: o crime organizado que ocupa o vácuo deixado pelo estado oficial.

De nada adianta os governos colocar todo o seu aparato policial nas ruas para combater a violência, sem um trabalho paralelo de inclusão social que permita aos excluídos que habitam o submundo poder buscar uma vida cidadã.

No momento atual, mais de 50% da população ativa não tem uma ocupação formal e a única saída é a informalidade que tem no negócio das drogas, um emprego mais atrativo. Uma outra parcela da sociedade brasileira sem ocupação no mercado de trabalho formal, está ingressando no exército da contravenção. É que a fome, a saúde e a falta de moradia tem pressa.

O combate a violência não pode prescindir do apoio e da participação de toda sociedade.

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