O combate a violência para ser efetivo, precisa combinar
ação policial repressiva com políticas públicas que trabalhem à formação de mão
de obra qualificada, a geração de emprego e a criação de espaços para a prática
de esporte e lazer, sobretudo nas áreas periféricas, onde a ausência do estado
é mais visível e por isso se faz necessária e urgente.
O jovem que mora na periferia das grandes cidades
brasileiras é uma pessoa sem perspectiva de vida digna, porque o meio em que vive
não lhe oferece nenhuma oportunidade para viver dignamente e a ausência do
estado é ocupada pela contravenção, leia-se: o crime organizado que ocupa o
vácuo deixado pelo estado oficial.
De nada adianta os governos colocar todo o seu aparato
policial nas ruas para combater a violência, sem um trabalho paralelo de inclusão
social que permita aos excluídos que habitam o submundo poder buscar uma vida
cidadã.
No momento atual, mais de 50% da população ativa não tem
uma ocupação formal e a única saída é a informalidade que tem no negócio das
drogas, um emprego mais atrativo. Uma outra parcela da sociedade brasileira sem
ocupação no mercado de trabalho formal, está ingressando no exército da
contravenção. É que a fome, a saúde e a falta de moradia tem pressa.
O combate a violência não pode prescindir do apoio e da
participação de toda sociedade.
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