terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Um negócio da China




Um país que convive com currais eleitorais está fadado ao atraso eterno. No estado do Piauí, por exemplo, cada município é um curral eleitoral, onde o investidor em eleição consegue comprar os votos necessários para adquirir um mandato. Não por acaso, as pessoas e as famílias piauienses mais ricas não são empreendedores, empresários de qualquer setor, tem um pé na política.

Certas famílias piauienses, após muitos anos de atividade política, diversificaram seus negócios e hoje se transformaram em empresários bem sucedidos do setor de vendas de automóveis, motos, imóveis e da atividade agropecuária.

Com exceção do empresário João Claudino Fernandes, leia-se grupo Claudino, no estado do Piauí, as maiores fortunas deste estado começaram a ser construídas com a participação decisiva, do hoje grande empresário na atividade política.

Dos nossos atuais representantes no Congresso Nacional, a maioria expressiva é de políticos oriundos de famílias tradicionais. De famílias que enriqueceram comprando mandatos, como se compra rapadura nas feiras nordestinas.

Os sociólogos nos seus ensaios e teses atribuem  esse nosso atraso secular à ignorância do eleitor que troca votos por dentaduras, uma feirinha (cesta básica), uma mortalha ou caixão de defunto). Essa troca é facilmente constatada, mas ela existe e o culpado por essa triste história é a nossa classe dirigente e os políticos que não investem na emancipação do eleitor miserável, para que ele não seja obrigado a trocar votos por favores. A ignorância e a pobreza são os principais fatores dessa dependência.

O sulista que queira investir no negócio política, basta ter dinheiro para comprar currais eleitorais na região Nordeste, que será bem sucedido. Sem dinheiro ninguém conquista um mandato na região mais pobre do país. Investir na compra de um mandato no Nordeste é muito mais promissor do que investir em qualquer outro negócio.

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