Um país que convive com currais eleitorais está fadado ao
atraso eterno. No estado do Piauí, por exemplo, cada município é um curral
eleitoral, onde o investidor em eleição consegue comprar os votos necessários
para adquirir um mandato. Não por acaso, as pessoas e as famílias piauienses
mais ricas não são empreendedores, empresários de qualquer setor, tem um pé na
política.
Certas famílias piauienses, após muitos anos de atividade
política, diversificaram seus negócios e hoje se transformaram em empresários
bem sucedidos do setor de vendas de automóveis, motos, imóveis e da atividade
agropecuária.
Com exceção do empresário João Claudino Fernandes, leia-se
grupo Claudino, no estado do Piauí, as maiores fortunas deste estado começaram
a ser construídas com a participação decisiva, do hoje grande empresário na
atividade política.
Dos nossos atuais representantes no Congresso Nacional, a
maioria expressiva é de políticos oriundos de famílias tradicionais. De
famílias que enriqueceram comprando mandatos, como se compra rapadura nas
feiras nordestinas.
Os sociólogos nos seus ensaios e teses atribuem esse nosso atraso secular à ignorância do
eleitor que troca votos por dentaduras, uma feirinha (cesta básica), uma
mortalha ou caixão de defunto). Essa troca é facilmente constatada, mas ela
existe e o culpado por essa triste história é a nossa classe dirigente e os
políticos que não investem na emancipação
do eleitor miserável, para que ele não seja obrigado a trocar votos por
favores. A ignorância e a pobreza são os principais fatores dessa dependência.
O sulista que queira investir no negócio política, basta
ter dinheiro para comprar currais eleitorais na região Nordeste, que será bem
sucedido. Sem dinheiro ninguém conquista um mandato na região mais pobre do país.
Investir na compra de um mandato no Nordeste é muito mais promissor do que
investir em qualquer outro negócio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário