O
conceito de estado mínimo pressupõe a redução das atribuições do Estado
perante a economia e a sociedade. Aconselha a não-intervenção do estado, a
favor da iniciativa privada (liberdade individual) e da competição entre os
agentes econômicos. Segundo o neoliberalismo, é o pressuposto da prosperidade
econômica.
Esse
negócio de estado mínimo é uma grande falácia, uma vez que até o país mais rico
do mundo, quando a sua economia quase derreteu, com a crise financeira de 2008,
o governo federal para evitar o aprofundamento da crise socorreu setores, como o
da indústria automobilística. Para evitar o pior.
O
governo Temer orientado por economistas que seguem o filósofo e economista
escocês Adam Smith, o pai do liberalismo econômico, que acreditam na força da
iniciativa privada, como sendo capaz de controlar o sobe e desce dos preços das
mercadorias, corrigir salários e frear o desemprego através das leis do mercado,
aposta na saída da grave crise econômica que este país atravessa, na força do
mercado. O que nem sempre funciona.
O
governo Temer ao enxugar o programa Bolsa Família, joga nas mãos da livre
iniciativa, a responsabilidade pela geração de empregos e a consequentemente
redução da miséria. Uma tarefa bastante difícil, até para as economias mais
ricas do planeta.
A União
Europeia se dependesse dos economistas liberais, já teria mandado para o
espaço, o Welfare State (estado do bem estar social), mas se ainda não o
fez é porque, sabem muito bem os governantes europeus que esse programa
funciona como um amortecedor para o gravíssimo problema do desemprego. Sem esse
programa a comunidade europeia entrará imediatamente num estado de colapso e
convulsão social.
Nos
municípios pobres os efeitos perversos da recessão e do enxugamento do programa
Bolsa família, já bastante visível nas portas das prefeituras, lá onde os
pobres vão buscar socorro.
A fome e
a miséria são péssimas conselheiras. E a pessoa com fome é capaz de perder a
razão e cometer desatinos.
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