quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Procedimento de Trump é questionado por juiz nomeado por ele



As críticas surgem de todos os quadrantes políticos e civis.

Desta vez foi o próprio juiz nomeado por Donald Trump para o Supremo Tribunal norte-americano, Neil Gorsuch, a considerar que os ataques do Presidente aos tribunais são “desanimadores” e “desmoralizadores”.

As declarações foram feitas durante um encontro com o senador democrata pelo Connecticut Richard Blumenthal e foi o senador que as tornou públicas: “Ele disse muito especificamente que as declarações de Trump eram desmoralizadoras e desanimadoras, e classificou de abomináveis e inaceitáveis os ataques do Presidente Trump à justiça”. 

Mais tarde, Ron Bonjean, a porta-voz de Gorsuch para o processo de confirmação da sua nomeação pelo Congresso, confirmou à CNN as declarações do juiz. 

Em causa estão as considerações de Trump relativas ao juiz James L. Robart, de Seattle, no estado de Washington, que ordenou o bloqueio temporário do decreto que proíbe a entrada nos EUA de pessoas oriundas de sete países de maioria muçulmana. Donald Trump disse mesmo que “os tribunais parecem ser demasiado políticos e seria extraordinário para o nosso sistema de justiça se conseguissem ler uma declaração e fazer o que é certo”. 

Recorde-se também que Trump acusa o juiz de estar pondo em causa a segurança do país.

Esta guerra de palavras acontece numa altura em que o tribunal de recurso, em São Francisco, está a analisar a argumentação dos procuradores de Washington e do Minnesota, os dois estados que contestaram a medida do Presidente e dos advogados do Departamento de Justiça sobre a decisão do tribunal de Seattle. Com euronews

Num país democrático, o político de estofo moral, independente e comprometido com o seu país age assim como o juiz Neil Gorsuch nomeado pelo presidente Donald Trump que embora tenha sido escolhido por esse presidente não fugiu ao compromisso de honrar e bem servir a sua pátria. Se Michel Temer com as suas declarações, desmoralizasse o Poder Judiciário brasileiro, o futuro ministro do STF, Alexandre Moraes apoiaria o presidente em detrimento do país. No Brasil, ninguém é independente o suficiente para questionar a atitude do presidente da república. É que o brasileiro, ama, idolatra e vem a autoridade máxima como um fetiche.  

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