Se o problema de segurança do Brasil se resumisse só aos estados do Espirito
Santo e Rio de Janeiro, resolver esse problema não seria tão difícil.
Ocorre que o país inteiro está convulsionado, porque os servidores
públicos estaduais estão com a corda no pescoço, porque convivem com salários
de miséria, com um sistema de saúde que funciona precariamente, uma educação
que deseduca e uma insegurança total. Sendo que a insegurança é o problema mais
grave de todos.
Não adianta o governo federal querer tapar o sol com a peneira, ou
seja, passar para o conjunto da sociedade a impressão de que o clima é de
normalidade em todo país, pois não é, porque em cidades como São Luís do Maranhão
estão acontecendo uma média de 10 assassinatos por final de semana.
Hoje, existe no país um caldo de cultura com todos os ingredientes para
que uma situação que já se apresenta bastante grave, se agrave mais ainda, uma
vez que o povo não acredita na sua classe dirigente, de onde estão partindo os
maiores escândalos, via de regra, de natureza corrupta.
Os assaltos praticados contra empresas estatais como a Petrobras e a
maneira desrespeitosa como políticos graduados tratam o povo, só faz aumentar a
insatisfação e a insegurança da sociedade.
No vácuo deixado pelo estado oficial, o estado paralelo avança
recrutando trabalhadores para trabalhar na indústria do tráfico e no exército
da contravenção.
A pior política que um governo estadual poderá adotar neste momento é acirrar
os ânimos com a ameaça de expulsão de militares em greve, porque caso ocorra expulsões
de policiais em massa, esses policiais irão se incorporar ao exército do PCC,
CV, Família do Norte e outras facções bem organizadas. Negociar sem ameaça de retaliação
é a melhor solução.
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