Vamos começar pelo conceito. O que vem a ser evolução
patrimonial? É o crescimento e o
desdobramento de um patrimônio. Quando dizemos que a evolução patrimonial de alguém
incomoda e agride é porque o crescimento da riqueza deu-se de maneira que
contraria a lógica e a razão.
Muitos patrimônios, sobretudo dos políticos, aumentam de
maneira tão surpreendente e num curto espaço de tempo, que o dono do patrimônio
é chamado de Rei Midas, um
personagem da mitologia grega que tudo que tocava virava ouro e riqueza.
No Brasil nos temos muitos reis midas, como por exemplo,
no mundo político, onde basta apenas um mandato de prefeito do município mais
pobre do país, para que ao final do seu mandato, o ex-prefeito surpreenda os
seus munícipes com uma riqueza invejável.
Uma riqueza que é a mais pura ostentação, porque o seu
dono a exibe na forma de carrões, apartamentos na capital, fazendas e farras
monumentais.
No estado do Maranhão teve um caso bastante emblemático,
de um ex-vaqueiro que virou prefeito, porque o seu patrão não podia disputar um
terceiro mandato. Nos primeiros meses do seu mandato, “o prefeito vaqueiro” circulava
pelo seu município de bicicleta, passados alguns meses, o prefeito que antes
prestava conta de tudo que fazia ao seu antigo patrão e ex-prefeito descobriu que
o poder era ele e virou o jogo, ou seja, comprou uma caminhonete 4x4 e o seu criador
para ser atendido pela criatura, tinha que agendar um encontro.
No estado do Piauí, o maior investimento continua sendo um
mandato eletivo, para vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal,
senador e governador. Conquistar um mandato é o mesmo que ganhar na loteria.
O político investe na ignorância do eleitor e no balcão de negócio que é montado no Poder Executivo.
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