“O país não pode
desistir da democracia”, diz o comandante do Exército Eduardo Villa Boas
O chefe do Exército criticou a
“aguda crise moral” que se abateu sobre o país na presença do presidente da
república Michel Temer e do juiz Sérgio Moro - que foi homenageado pelo
Exército Brasileiro na cerimônia de comemoração do dia do Exército.
“Apesar dos esforços dos governos, o colapso da segurança pública nos cobra dezenas de milhares de vidas por ano; a “aguda crise moral”, expressa em incontáveis escândalos de corrupção, nos compromete o futuro; a ineficiência nos retarda o crescimento; a ausência, em cada um de nós, brasileiros, de um mínimo de disciplina social, indispensável à convivência civilizada; e uma irresponsável aversão ao exercício da autoridade oferecem campo fértil ao comportamento transgressor e à intolerância desagregadora”, disse o general.
Na expressão não “há atalhos fora
da Constituição Federal”, o comandante do Exército Eduardo Villas Boas,
desautorizou qualquer tipo de aventura que possa comprometer o futuro do país
como nação democrática, mas alertou o país para os riscos que a democracia
brasileira corre, com a ameaça de uma grave crise de desobediência civil,
motivada pelos rumorosos escândalos protagonizados por políticos e gestores públicos.
A “aguda crise moral” que assola
o país, começa pelo governo Temer e se irradia por todo o país, como rastilho
de pólvora, estimulada pelo que se convencionou chamar do andar de cima, ou
seja, por políticos contra os quais pesam sérias acusações de envolvimento com corrupção.
Os ministros mais importantes
do governo Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, por exemplo, constam da
lista do ministro Edson Fachin, que determinou a abertura de inquéritos contra
nove ministros do governo Michel Temer, 29 senadores e 42 deputados federais.
Esse recado enviado pelo
comandante do Exército ao país, na presença de Temer é um grito de alerta e um
chamamento à ordem, à disciplina e à observância de preceitos morais e éticos.
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