quarta-feira, 24 de maio de 2017

Reinaldo Azevedo junta-se ao grupo de Paulo Henrique Amorim, Azenha e Luiz Nassif



Reinaldo Azevedo junta-se ao grupo de Paulo Henrique Amorim, Azenha e Luiz Nassif. A três lulistas e petistas de carteirinha.

O pedido de demissão do jornalista Reinaldo Azevedo da revista Veja, após ter sido divulgado uma gravação onde esse jornalista conversa com a irmã de Aécio Neves.

Leiam a seguir trechos da conversa entre Reinaldo Azevedo e Andrea Neves e a carta onde esse jornalista explica o seu pedido de demissão da revista online onde trabalhava até o dia de ontem.

Andrea Neves - Agora, que está acontecendo na Veja, o que o pessoal fez…
Reinaldo Azevedo - Ah, eu vi. É nojento, nojento. Eu vi.
Andrea Neves - Assinaram todos os jornalistas e vão pegar a loucura desse cara para esquentar a maluquice contra mim.
Reinaldo Azevedo - Tanto é que logo no primeiro parágrafo, a Veja publicou no começo de abril que não sei o que, na conta de Andrea Neves. Como se o depoimento do cara endossasse isso. E ele não fala isso.
Andrea Neves - Como se agora tivesse uma coleção de contas lá fora e a minha é uma delas.
Reinaldo Azevedo - Eu vou ter de entrar nessa história porque já haviam me enchido o saco. Vou entrar evidentemente com o meu texto e não com o deles. Pergunto: essas questões que você levantou para mim, posso colocar como se fosse resposta do Aécio?
Andrea Neves - Nós mandamos agora para a Veja uma nota para botar nessa matéria.
Reinaldo Azevedo - Não quer mandar para mim também?
Andrea Neves - Mando.
Leia na íntegra a nota divulgada por Reinaldo Azevedo:  
"Pela ordem:
Comecemos pelas consequências.
Pedi demissão da VEJA. Na verdade, temos um contrato, que está sendo rompido a meu pedido. E a direção da revista concordou.
1: não sou investigado;
2: a transcrição da conversa privada, entre jornalista e sua fonte, não guarda relação com o objeto da investigação;
3: tornar público esse tipo de conversa é só uma maneira de intimidar jornalistas;
4: como Andrea e Aécio são minhas fontes, achei, num primeiro momento, que pudessem fazer isso; depois, pensei que seria de tal sorte absurdo que não aconteceria;
5: mas me ocorreu em seguida: "se estimulam que se grave ilegalmente o presidente, por que não fariam isso com um jornalista que é crítico ao trabalho da patota.
6: em qualquer democracia do mundo, a divulgação da conversa de um jornalista com sua fonte seria considerada um escândalo. Por aqui, não.
7: tratem, senhores jornalistas, de só falar bem da Lava Jato, de incensar seus comandantes.
8: Andrea estava grampeada, eu não. A divulgação dessa conversa me tem como foco, não a ela;
9: Bem, o blog está fora da VEJA. Se conseguir hospedá-lo em algum outro lugar, vocês ficarão sabendo.
10: O que se tem aí caracteriza um estado policial. Uma garantia constitucional de um indivíduo está sendo agredida por algo que nada tem a ver com a investigação;
11: e também há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo".

Uma pergunta que não quer calar: se o jornalista Reinaldo Azevedo não cometeu nenhum tipo de indiscrição, porque ele optou por pedir demissão e esperar para ser demitido? Ao criticar a empresa em que trabalha, o colaborador se sente desconfortável para continuar servindo os seus empregadores.

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