A
metáfora “quando a roda grande passa por dentro da roda pequena”, era usada
pelo beato Antônio Conselheiro, como um simbolismo para mostrar aos seus
seguidores e àqueles que paravam para ouvir os seus sermões em Canudos e
região, o momento em que prevalece à
vontade do menor sobre o maior. Essa metáfora pode ser aplicada aos
diretórios estaduais do PSDB, para alertar a cúpula desse partido, sobre
o momento singular que vive à política brasileira e a ameaça que paira sobre o
ninho tucano. Uma ameaça que advém do alinhamento automático dos tucanos ao
projeto de poder do PMDB. Desnecessário dizer que os diretórios estaduais do
PSDB são a roda grande.
Em pelo
menos dois estados, o PSDB enfrenta esse problema, ou seja, a insurreição dos
diretórios estaduais que defendem o desembarque do PSDB do governo Temer. Um
posicionamento desses diretórios estaduais que encontra resistência na executiva
nacional - que insiste em manter esse partido na base de sustentação de um
governo que não tem apoio popular e o presidente da república é rejeitado por
93% da população brasileira.
O PSDB ao se manter atrelado ao governo Temer, une
o seu destino ao do PMDB que é a desmoralização total e um inevitável fim melancólico.
O PSDB na Câmara, na sua maioria representado pelo que se convencionou chamar dos
cabeças pretas (os jovens parlamentares) ameaça se rebelar contra a direção
nacional do seu partido e abandonar à canoa furada do PMDB que já está adernada.
“Quando a
roda grande passa por dentro da roda pequena”
Quem viver
verá!
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