quinta-feira, 8 de junho de 2017

"Quando a roda grande passa por dentro da roda pequena"

A metáfora “quando a roda grande passa por dentro da roda pequena”, era usada pelo beato Antônio Conselheiro, como um simbolismo para mostrar aos seus seguidores e àqueles que paravam para ouvir os seus sermões em Canudos e região, o momento em que prevalece à vontade do menor sobre o maior. Essa metáfora pode ser aplicada aos diretórios estaduais do PSDB, para alertar a cúpula desse partido, sobre o momento singular que vive à política brasileira e a ameaça que paira sobre o ninho tucano. Uma ameaça que advém do alinhamento automático dos tucanos ao projeto de poder do PMDB. Desnecessário dizer que os diretórios estaduais do PSDB são a roda grande.

Em pelo menos dois estados, o PSDB enfrenta esse problema, ou seja, a insurreição dos diretórios estaduais que defendem o desembarque do PSDB do governo Temer. Um posicionamento desses diretórios estaduais que encontra resistência na executiva nacional - que insiste em manter esse partido na base de sustentação de um governo que não tem apoio popular e o presidente da república é rejeitado por 93% da população brasileira.   

O PSDB ao se manter atrelado ao governo Temer, une o seu destino ao do PMDB que é a desmoralização total e um inevitável fim melancólico. O PSDB na Câmara, na sua maioria representado pelo que se convencionou chamar dos cabeças pretas (os jovens parlamentares) ameaça se rebelar contra a direção nacional do seu partido e abandonar à canoa furada do PMDB que já está adernada.  

Se o PSDB não abandonar Temer, o destino dessa sigla será tão trágico quanto ao do PMDB, cuja direção nacional está quase toda sendo investigada pela Operação Lava Jato. O PMDB que quando estiver fora do poder, se igualará em tamanho ao Democratas (DEM). 


“Quando a roda grande passa por dentro da roda pequena”
Quem viver verá!

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