O que está em jogo neste momento no país, não é a
economia, mas o resgate de valores morais e éticos que os políticos brasileiros
sapateiam em cima.
Antes que resolvamos o imbróglio
político, tudo resultará inútil, porque a questão política antecede à questão
econômica.
Resolver a questão econômica, passa necessariamente por uma
profunda reforma política, uma vez que o nosso atual modelo político, manieta o
governo que para não ter os seus movimentos tolhidos, apela para um argumento que
todos os políticos entendem: o toma lá dá cá. O que acaba por transformar o
Palácio do Planalto num verdadeiro balcão de negócios. Nem mesmo o presidente Temer
que é um cardeal do PMDB, conseguiu obter o apoio do seu partido, sem trocar cargos
por votos no Congresso Nacional.
O governo de plantão, para conseguir o mínimo de apoio,
tem que ceder às exigências dos partidos que formam a base de sustentação do
governo. Isso quer dizer que sem a troca de favores, o governo não consegue
aprovar nenhum projeto do seu interesse.
A reforma política que o país entende como sendo necessária
e urgente - deve começar pelo fim das coligações proporcionais. O fim das
coligações proporcionais é uma forma de diminuir a fragmentação partidária no
Brasil. Um dos motivos por que a fragmentação partidária é prejudicial é
que ela dificulta a formação de maiorias no
Legislativo.
Isso força o governo a negociar com mais grupos partidários, aumentando o custo de formar coalizões. Em troca de apoio, o Executivo precisa oferecer cargos no alto escalão em ministérios, empresas públicas e outros órgãos importantes (indicações políticas, que podem prejudicar o desempenho da administração pública). E isso também abre espaço para mais corrupção. Esse fenômeno é também chamado de fisiologismo.
Isso força o governo a negociar com mais grupos partidários, aumentando o custo de formar coalizões. Em troca de apoio, o Executivo precisa oferecer cargos no alto escalão em ministérios, empresas públicas e outros órgãos importantes (indicações políticas, que podem prejudicar o desempenho da administração pública). E isso também abre espaço para mais corrupção. Esse fenômeno é também chamado de fisiologismo.
A reforma política, insisto, tem que vir antes do que as
reformas trabalhista, tributária e previdenciária, por ser ela a mais
importante de todas. A mãe de todas as reformas.
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