sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Lava Jato fez uma faxina na política nacional

Quem em sã consciência poderia imaginar que cardeais da política brasileira, como os senadores Romero Jucá, Eunício de Oliveira, Lindbergh Farias, Romário Farias, Edson Lobão, Benedito de Lira, Cássio Cunha Lima, Vanessa Grazziotin, Ricardo Ferraço, Waldemir Moka, Flexa Ribeiro, Roberto Requião, Eduardo Lopes, Garibaldi Filho, Ângela Portela, Paulo Bauer, Ataídes Oliveira, Vicentinho, Jorge Viana, Cristovam Buarque, Magno Malta e Waldir Raupp não conseguiriam reeleger-se? Isso para ficar só nos mais ladinos.    

"Surpreendente" é a palavra que melhor descreve essas eleições para o Senado. Das 54 vagas em disputa neste ano, 46 vão ser ocupadas por novos nomes. Uma renovação de mais de 85%. Veja como ficou a nova composição da Casa.

Os senadores Aécio Neves (MG) e Gleisi Hoffman só conseguiram sobreviver na política, porque apelaram para um recuo estratégico, ou seja, desistiram de buscar suas reeleições e partiram para um mandato de deputado federal, o que se revelou uma decisão acertada, porque lograram êxito na disputa por uma vaga na Câmara Federal, o que fatalmente não conseguiriam no Senado, como aconteceu com os seus companheiros derrotados.   
Esse verdadeiro turbilhão que aconteceu nessa eleição de 2018 e que fez uma verdadeira assepsia no Senado não aconteceu por obra do acaso, mas, em função do trabalho hercúleo da Operação Lava Jato que investigou e denunciou muitos dos atuais integrantes do Congresso Nacional. É óbvio que alguns ainda conseguiram escapar, graças aos seus estados de origem, via de regra, os mais atrasados da federação, onde o poder da grana é determinante para se conseguir um mandato.

Aqui cabe uma observação e uma correção: o senador Cristovam Buarque não conseguiu se reeleger, mas a sua não reeleição deu-se por outros motivos, não devido a investigações da Operação Lava Jato, pois trata-se de um político dos mais éticos e moralmente irrepreensíveis do nosso espectro político. O que definitivamente não é o caso do futuro ex-senador Romero Jucá (RO).  

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