O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deixou esta
quarta-feira um sério aviso aos Estados Unidos da América para o risco de
qualquer ação considerada agressiva, ao garantir que o país "estará pronto
para responder a qualquer ameaça".
As palavras do líder russo tiveram lugar no
discurso anual do Estado da Nação perante os membros da Assembleia Federal, em
Moscou, naquela que foi a primeira vez que se dirigiu às duas câmaras do
parlamento desde que foi eleito em março de 2018 para mais um mandato de seis
anos.
"A Rússia será obrigada a criar e utilizar os
tipos de armas que podem ser usadas não apenas contra os territórios dos quais
a ameaça direta pode sair, mas também em relação aos territórios onde estão os
centros de tomada de decisão para o uso de sistemas de mísseis que nos
ameaçam", declarou Putin, aludindo a Washington e às bases americanas
internacionais.
Apesar das palavras duras - entre as quais se
destacaram as críticas à saída americana do acordo de armas nucleares -, o
presidente russo disse que o país "não é uma ameaça direta aos EUA e que
deseja ter relações amigáveis", acrescentando que todas as medidas tomadas
"são de caráter defensivo" e que não existe "desejo de entrar em
confronto".
No mesmo sentido, Putin relembrou a importância de
a Rússia prosseguir o seu desenvolvimento social, econômico, militar e
tecnológico.
Paralelamente, o presidente russo deixou também um
recado para a União Européia. Num momento em que a economia do país se debate
ainda com pesadas sanções internacionais, que perduram desde a anexação da
Crimeia, Putin manifestou a expectativa da normalização da situação a curto
prazo.
"Esperamos que sejam dados passos reais para a
reconstrução da normal relação política e econômica do lado da União Europeia e
dos principais países europeus. Os cidadãos desses países estão interessados na
cooperação com a Rússia, incluindo, é claro, as grandes e as pequenas e médias
empresas", explicou.
Ao abrir a sua intervenção, Vladimir Putin reiterou
o objetivo político de melhorar as condições de vida das famílias russas, com
diversas medidas de apoio fiscal e social para a promoção da natalidade, num esforço
de contrariar a queda a nível demográfico na Rússia.
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