A cúpula do BRICs (BRICs uma sigla formada pelas letras iniciais
de Brasil, Rússia, Índia e China e a África, criada em 2001 pelo economista Jim O'Neill, analista de
mercado do grupo Goldman Sachs), um dos maiores bancos de investimento do mundo,
reunida em Brasília na semana passada, serviu entre outras coisas, para mostrar
o lado pragmático do governo do presidente Jair Messias Bolsonaro, que nos
primeiros dias do seu mandato vivia fazendo juras de amor ao Estados Unidos da
América (EUA) e revelando o lado fã da sua família ao presidente Donald Trump.
Por decepção (a decepção
explicaremos adiante) e por pragmatismo econômico o presidente Jair Messias no
encontro dos BRICS realizado na semana passada no Brasil, teve que se render às
evidências, ou seja, admitir que um país subdesenvolvido como o nosso e que
sobrevive apenas das vendas de comoditties,
não pode privilegiar um país em termos de relações comerciais e ignorar uma
potência econômica com a República Popular da China, na atualidade, o maior
mercado consumidor do mundo.
O governo do presidente Jair
Messias, desde o seu início que vem sendo marcado por contradições e recuos.
Duas características de um governo que tem revelado um profundo desconhecimento
das relações comerciais internacionais ao ponto de usar de bravatas contra os
países mais ricos, poderosos e influentes do mundo, como a Alemanha, a França e
até mesmo, o Império do Meio como também é conhecida a China de XI Jinping.
As contradições e recuos desse
governo que se diz alinhado com a política do governo de Donald Trump,
começaram a ser reveladas, a partir do momento em que o presidente Bolsonaro
fez um périplo por vários países e descobriu a pujança da República Popular da
China - e a partir dessa sua viagem, Bolsonaro mudou radicalmente o seu
discurso com relação a esse país asiático - o que ele acaba de confirmar nessa
reunião de cúpula dos países emergentes, quando o governante brasileiro disse
em alto e bom som que a China já faz parte do futuro do Brasil.
A primeira decepção do clã Bolsonaro
com o presidente Donald Trump, aconteceu quando do endosso de Trump ao ingresso
da Argentina e da Romênia na OCDE. Deixando o Brasil de fora, pelo menos neste
primeiro momento.
A segunda decepção dos bolsonaros,
com o presidente Trump, deu-se quando o presidente dos EUA lavou as mãos, quando
do interesse demonstrado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em
servir como embaixador no seu país. Parece que a partir desses dois eventos, o
presidente Jair Messias descobriu que os EUA não misturam relações pessoais com
relações comerciais e políticas. Se o presidente e os seus filhos morrem de
amores pelo presidente Trump, é problema deles, porque o governo
norte-americano sabe separar muito bem as coisas. Separar as relações pessoais
das relações governamentais.
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