segunda-feira, 18 de novembro de 2019

O pragmatismo da equipe econômica do presidente Jair



A cúpula do BRICs (BRICs uma sigla formada pelas letras iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China e a África, criada em 2001 pelo economista Jim O'Neill, analista de mercado do grupo Goldman Sachs), um dos maiores bancos de investimento do mundo, reunida em Brasília na semana passada, serviu entre outras coisas, para mostrar o lado pragmático do governo do presidente Jair Messias Bolsonaro, que nos primeiros dias do seu mandato vivia fazendo juras de amor ao Estados Unidos da América (EUA) e revelando o lado fã da sua família ao presidente Donald Trump.

Por decepção (a decepção explicaremos adiante) e por pragmatismo econômico o presidente Jair Messias no encontro dos BRICS realizado na semana passada no Brasil, teve que se render às evidências, ou seja, admitir que um país subdesenvolvido como o nosso e que sobrevive apenas das vendas de comoditties, não pode privilegiar um país em termos de relações comerciais e ignorar uma potência econômica com a República Popular da China, na atualidade, o maior mercado consumidor do mundo. 

O governo do presidente Jair Messias, desde o seu início que vem sendo marcado por contradições e recuos. Duas características de um governo que tem revelado um profundo desconhecimento das relações comerciais internacionais ao ponto de usar de bravatas contra os países mais ricos, poderosos e influentes do mundo, como a Alemanha, a França e até mesmo, o Império do Meio como também é conhecida a China de XI Jinping.

As contradições e recuos desse governo que se diz alinhado com a política do governo de Donald Trump, começaram a ser reveladas, a partir do momento em que o presidente Bolsonaro fez um périplo por vários países e descobriu a pujança da República Popular da China - e a partir dessa sua viagem, Bolsonaro mudou radicalmente o seu discurso com relação a esse país asiático - o que ele acaba de confirmar nessa reunião de cúpula dos países emergentes, quando o governante brasileiro disse em alto e bom som que a China já faz parte do futuro do Brasil.

A primeira decepção do clã Bolsonaro com o presidente Donald Trump, aconteceu quando do endosso de Trump ao ingresso da Argentina e da Romênia na OCDE. Deixando o Brasil de fora, pelo menos neste primeiro momento.

A segunda decepção dos bolsonaros, com o presidente Trump, deu-se quando o presidente dos EUA lavou as mãos, quando do interesse demonstrado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em servir como embaixador no seu país. Parece que a partir desses dois eventos, o presidente Jair Messias descobriu que os EUA não misturam relações pessoais com relações comerciais e políticas. Se o presidente e os seus filhos morrem de amores pelo presidente Trump, é problema deles, porque o governo norte-americano sabe separar muito bem as coisas. Separar as relações pessoais das relações governamentais.      

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