segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Só existe uma raça: a raça humana (human race), por Tomazia Arouche

 

Meu irmão branco, qual é a cor do teu sangue? Se a tua resposta for, vermelha, isso quer dizer que nós temos um mesmo sangue e uma mesma natureza comum. Mas, a cor do sangue não importa, porque o mais importante é a nossa humanidade. E é de humanidade que nós estamos falando. A cor dos olhos, a cor da pele, o formato do nariz, o cabelo pixaim, o cabelo liso natural, nada disso importa, porque insistimos, o que importa mesmo e a nossa humanidade que se refere a atos humanos de compaixão e solidariedade.

O preconceito racial é a maior demonstração da falta de consciência da nossa insignificância, da nossa transitoriedade e da nossa impermanência. O que não é difícil de perceber, até, para os espíritos mais obtusos. Basta observar uma pessoa idosa e alguém em estado terminal num leito de um hospital.

Muitos dos nossos irmãos, seres humanos, não precisam nem morrer e atingir um estado de putrefação, para nas suas presenças nos sentirmos incomodados pelo odor desagradável que o corpo que está passando por um processo de deterioração e corrupção exala. Numa palavra, passando por um processo de apodrecimento em vida.

Nós seres humanos somos extremamente frágeis e sujeitos a todo tipo de moléstias, achaques, dores físicas e dores da alma. A dor da alma que os outros animais, felizmente não sentem.

Afinal, nós todos somos feitos de uma mesma matéria e com uma mesma fatalidade. 

Por Tomazia Arouche

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