Sítio arqueológico com suas gravuras rupestres - ainda sob estudos - no município de Tasso Fragoso, sul do Maranhão |
“O conhecimento sobre os povos que ocuparam o Maranhão no período anterior à presença do colonizador europeu ainda é fragmentado e se restringe a poucas regiões, a exemplo da Ilha de São Luís. Compor um quadro arqueológico para o Maranhão ainda é um desafio, devido ao baixo número de projetos de pesquisas e de arqueólogos atuando no estado, ocasionado, principalmente, pela falta de institucionalização da arqueologia nas universidades maranhenses”, disse Kátia Bógea, superintendente do Iphan.
A ideia central do seminário é a de divulgação e de proteção do patrimônio arqueológico maranhense frente ao crescente número de empreendimentos que vêm sendo implantados em diferentes regiões do estado e visando instrumentalizar os procedimentos de licenciamento ambiental no âmbito da arqueologia.
Segundo Kátia Bógea, também serão debatidas as interfaces da arqueologia, a exemplo da legislação, gestão, socialização do conhecimento, musealização, educação patrimonial, turismo, multivocalidade, interesse público e desenvolvimento local. Para ilustrar os aspectos conceituais do evento, casos de estudo serão apresentados, com base nos resultados obtidos no projeto de pesquisa Os Sambaquis do Maranhão.
Arte parietal, da pintura rupestre ao grafite, marcos e marcas que registram a evolução humana no sul do Maranhão |
O evento terá ainda a exposição Maranhão Arqueológico, que divulga os principais sítios arqueológicos do estado, bem como aborda o conhecimento arqueológico das regiões representadas. A mostra visa sintetizar e divulgar o conhecimento arqueológico até o momento encontrado no estado, com base nos resultados de projetos acadêmicos e de pesquisas vinculadas a licenciamento ambiental de empreendimentos.
Estão representados os sambaquis costeiros, os sítios lito-cerâmicos do vale do rio Itapecuru e os abrigos com gravuras rupestres do município de Tasso Fragoso, todos do período anterior à presença europeia, denominados de sítios pré-históricos ou pré-coloniais.
Além desses sítios, serão apresentados artefatos relacionados à presença européia no Maranhão e que foram resgatados em sítios arqueológicos classificados como históricos, a exemplo de fortificações, curtumes, igrejas, engenhos e quilombos.
“A descoberta de 72 sítios na nossa região, inclusive já cadastrados no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Maranhão, coloca o município de Tasso Fragoso como sendo aquele de maior importância em patrimônio Arqueológico do Estado do Maranhão”, disse ao GP1/Blog do José Bonifácio o ambientalista Agnaldo Guimarães Fialho (Lirô).
Fonte: Agnaldo Guimarães/Imirante.com e blog José Bonifácio (cerrados) GP1
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