Rendimento industrial do arroz tipo BRSMA 357 é superior a 70%; um aproveitamento maior do que o das outras variedades
cultivadas no estado.
Com rendimento industrial acima de 70%, o que é superior às variedades
cultivadas no estado, cultivar de arroz BRSMA 357, desenvolvida especialmente
para o Maranhão e, principalmente, para a Baixada Maranhense, será lançada dia
14 deste mês, em Arari. A apresentação da nova variedade ocorrerá na abertura
da Festa da Colheita do Arroz Irrigado, realizada pela empresa Camil, na
Fazenda Mamão.
Desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
a nova cultivar tem uma base genética que reúne características importantes
para o ambiente da Baixada, como o baixo porte, a alta produtividade, o fácil
manejo e a possibilidade de cultivo em pequenas áreas, o que ajusta a variedade
ao segmento da agricultura familiar.
Com uma arquitetura de planta moderna, que visa evitar o tombamento, a
BRSMA 357 foi desenvolvida para ser cultivada em terras baixas, várzeas úmidas
ou sob regime de irrigação, atendendo aos níveis de produtividade e à qualidade
requerida pelo consumidor.
"A BRSMA 357 é um produto que a Embrapa está lançando e que é
adequado para o segmento da agricultura familiar do Maranhão. Tem
características que atendem às exigências do consumidor, que é o arroz tipo
agulhinha, de fácil cozimento. Seu grão tem rendimento industrial acima de 70%,
o que é superior às variedades cultivadas no estado", disse o pesquisador
e chefe-geral da Embrapa Cocais, Valdemício Ferreira de Sousa.
Atualmente, o Maranhão planta algumas cultivares de arroz irrigado
vindas de outros estados, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Essas
variedades têm problemas de adaptação às condições da Baixada Maranhense. A
cultivar foi melhorada para a região e vai propiciar um bom negócio para os
agricultores que trabalham com a rizicultura no Maranhão", afirmou
Valdemício Sousa.
Cultivar - Para chegar ao lançamento, a Embrapa trabalhou por uma década
no desenvolvimento da nova cultivar. A empresa firmou um convênio com o Governo
do Maranhão e uma das linhas de ação previstas foi o melhoramento do arroz. A
partir de então, pesquisadores de diversas unidades da Embrapa começaram a
trabalhar na seleção de uma linhagem que pudesse, por meio de cruzamento,
utilizar a genética do arroz lajeado (arroz de ciclo longo utilizado há mais de
40 anos na Baixada Maranhense), com a genética de linhagens do tipo agulhinha.
As pesquisas resultaram nessa nova cultivar, que tem ciclo vegetativo
ainda maior do que a usada atualmente pelos agricultores. Ajustada às condições
da Baixada Maranhense, a BRSMA 357 chega ao mercado com um ciclo de 140 dias
entre a plantação e a colheita, prazo que cobre quase todo o período de chuvas
na região.
"Como as variedades hoje utilizadas chegam a um ciclo máximo de 90
a 120 dias, os 140 dias da BRSMA 357 se tornam um grande diferencial para o
agricultor, que, atualmente, além da colheita, também precisa pensar em
estruturas para a secagem e a armazenagem dos grãos. Com o ciclo da nova
cultivar coincidindo com o fim das chuvas, essas estruturas serão menos
utilizadas", disse o pesquisador e chefe adjunto de Transferência de
Tecnologia da Embrapa Cocais, José Mário Frazão.
Mais uma vantagem da nova cultivar da Embrapa é seu baixo porte, que
gera resistência ao acamamento (queda) das plantas. Fonte: blog Maranhão Meu Tesouro Meu Torrão
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