sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Embrapa lançará cultivar de arroz desenvolvida especialmente para o MA


Rendimento industrial do arroz tipo BRSMA 357 é superior a 70%; um aproveitamento maior do que o das outras variedades cultivadas no estado.

Com rendimento industrial acima de 70%, o que é superior às variedades cultivadas no estado, cultivar de arroz BRSMA 357, desenvolvida especialmente para o Maranhão e, principalmente, para a Baixada Maranhense, será lançada dia 14 deste mês, em Arari. A apresentação da nova variedade ocorrerá na abertura da Festa da Colheita do Arroz Irrigado, realizada pela empresa Camil, na Fazenda Mamão.

Desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a nova cultivar tem uma base genética que reúne características importantes para o ambiente da Baixada, como o baixo porte, a alta produtividade, o fácil manejo e a possibilidade de cultivo em pequenas áreas, o que ajusta a variedade ao segmento da agricultura familiar.

Com uma arquitetura de planta moderna, que visa evitar o tombamento, a BRSMA 357 foi desenvolvida para ser cultivada em terras baixas, várzeas úmidas ou sob regime de irrigação, atendendo aos níveis de produtividade e à qualidade requerida pelo consumidor.

"A BRSMA 357 é um produto que a Embrapa está lançando e que é adequado para o segmento da agricultura familiar do Maranhão. Tem características que atendem às exigências do consumidor, que é o arroz tipo agulhinha, de fácil cozimento. Seu grão tem rendimento industrial acima de 70%, o que é superior às variedades cultivadas no estado", disse o pesquisador e chefe-geral da Embrapa Cocais, Valdemício Ferreira de Sousa.

Atualmente, o Maranhão planta algumas cultivares de arroz irrigado vindas de outros estados, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Essas variedades têm problemas de adaptação às condições da Baixada Maranhense. A cultivar foi melhorada para a região e vai propiciar um bom negócio para os agricultores que trabalham com a rizicultura no Maranhão", afirmou Valdemício Sousa.

Cultivar - Para chegar ao lançamento, a Embrapa trabalhou por uma década no desenvolvimento da nova cultivar. A empresa firmou um convênio com o Governo do Maranhão e uma das linhas de ação previstas foi o melhoramento do arroz. A partir de então, pesquisadores de diversas unidades da Embrapa começaram a trabalhar na seleção de uma linhagem que pudesse, por meio de cruzamento, utilizar a genética do arroz lajeado (arroz de ciclo longo utilizado há mais de 40 anos na Baixada Maranhense), com a genética de linhagens do tipo agulhinha.

As pesquisas resultaram nessa nova cultivar, que tem ciclo vegetativo ainda maior do que a usada atualmente pelos agricultores. Ajustada às condições da Baixada Maranhense, a BRSMA 357 chega ao mercado com um ciclo de 140 dias entre a plantação e a colheita, prazo que cobre quase todo o período de chuvas na região.

"Como as variedades hoje utilizadas chegam a um ciclo máximo de 90 a 120 dias, os 140 dias da BRSMA 357 se tornam um grande diferencial para o agricultor, que, atualmente, além da colheita, também precisa pensar em estruturas para a secagem e a armazenagem dos grãos. Com o ciclo da nova cultivar coincidindo com o fim das chuvas, essas estruturas serão menos utilizadas", disse o pesquisador e chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cocais, José Mário Frazão.

Mais uma vantagem da nova cultivar da Embrapa é seu baixo porte, que gera resistência ao acamamento (queda) das plantas. Fonte: blog Maranhão Meu Tesouro Meu Torrão

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