terça-feira, 31 de março de 2020

OMS defende estratégia de saúde pública além da quarentena


Depois de Itália apresentar o menor número de novos casos de coronavírus em quase 2 semanas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) admite que o país, assim como Espanha, possam estar entrando numa fase de estabilização. Mas deixam o alerta: a quarentena vai ter de ser acompanhada por outras medidas.

O pedido foi reforçado, esta segunda-feira, pelo diretor do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Michael Ryan, ao relembrar a necessidade de os países estabelecerem uma estratégia de saúde pública para fazerem o número de casos descer. "Reduzir os números, e não apenas estabilizar, exige um redobrar dos esforços de saúde pública para diminuir, porque [os números] não vão diminuir sozinhos", disse. De acordo com o responsável da OMS, as medidas são essenciais para suprimir o vírus e cuidar melhor de quem precisar de tratamentos hospitalares.

Depois de ver o número de infetados ultrapassar os 85 mil, Espanha aguarda o pico da covid-19 com regras de confinamento ainda mais restritivas.

Já na França, com a estabilização ainda longe a perspectiva é menos animadora. Após mais de 3 mil mortes associadas ao novo coronaviírus, os números continuam a aumentar.

No país, a automedicação também está a deixando as autoridades preocupadas. Um medicamento derivado da cloroquina tem sido testado como possível tratamento para a covid-19, mas recentemente, o governo francês restringiu a prescrição médica a casos graves da doença. Em causa estão os efeitos secundários já registados em vários pacientes.

Mais a Ocidente, Portugal recebeu, esta segunda-feira um milhão de máscaras e duas centenas de testes de diagnóstico provenientes da China. O material, destinado ao serviço nacional de saúde, chegou no mesmo dia em que o país registou a taxa de crescimento de casos mais baixa desde agravamento do surto.

No Reino Unido, com mais de 22 mil infetados, o governo anunciou a criação de um fundo de 75 milhões de libras (o equivalente a mais de 84 milhões de euros), para o repatriamento de britânicos no estrangeiro. Com euronews

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