terça-feira, 7 de abril de 2020

Se não fosse a pandemia os corruptos estariam comemorando com champagne francesa e soltando rojões


Para honra, glória e benefícios dos bandidos de colarinho branco (políticos e empresários corruptos), a Operação Lava Jato está sendo morta por asfixia no governo de Jair Messias Bolsonaro. Uma morte que começou no governo de Michel Temer, “o puro”.

O Brasil decente que durante alguns anos alimentou a esperança de reduzir a corrupção a níveis toleráveis e aceitáveis, sob o governo de Jair Messias Bolsonaro caiu na real e descobriu que esse governo não tem nenhum interesse em combater esse mal crônico que destrói o país e o coloca aos olhos do mundo na condição de uma nação onde a corrupção é um elemento cultural.   

O que foi a Operação Lava Jato? A Operação Lava Jato foi um conjunto de investigações levadas a efeito pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, que cumpriu mais de mil mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão preventiva e de condução coercitiva, visando apurar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propina.

A Operação Lava Jato, até o momento em que pode atuar com liberdade, conseguiu feitos extraordinários, como o de colocar atrás das grandes “figuras impolutas”, figurões da política e do mundo corporativo, como por exemplo, o empresário Marcelo Odebrecht, Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, José Dirceu, Leo Pinheiro, Antônio Palocci, Geddel Vieira Lima e outras dezenas de nomes de peso da política e do PIB nacional.

Até o momento em que empresários e políticos corruptos agiam isoladamente, a Operação Lava Jato continuava de pé e obtendo sucesso, mas, a partir do momento em que um gerenciador de crises propôs uma união de esforços de quem estava preso ou na alça de mira da polícia, a Operação Lava Jato começou a sua morte lenta. É óbvio que a sugestão feita pelo gerenciador crise foi aceita pelos malfeitores contumazes.

Hoje ninguém fala mais da Operação Lava Jato e o que se vê são pessoas que foram presas por essa operação sendo colocadas de volta nos seus lares suntuosos e a circularem livremente por todo país, e até mesmo no exterior, como pessoas de moral ilibada e vítimas do que se convencionou chamar de república de Curitiba.

A impunidade alimenta a corrupção e a roubalheira, porque de tudo que os políticos e empresários roubam do país, 10% é o máximo que eles utilizam para pagar escritórios de advocacia e advogados renomados para libertá-los. Nesse caso, a corrupção compensa e a impunidade é estimulada.

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