O Partido dos Trabalhadores (PT) está há quase duas décadas governando o estado do Piauí e para se manter vivo na política piauiense, deveria abrir mão da indicação do candidato à governador e negociar a indicação do candidato a vice-governador e do senador. Este último, um mandato que Wellington Dias precisa para se manter vivo na política.
O PT não pode perder de vista o que aconteceu com o Partido da Democracia Social Brasileira (PSDB) que governou a capital piauiense por mais de três décadas e acabou sendo escorraçado do poder pelo fenômeno conhecido como fadiga de material, o que leva o eleitor a querer e a exigir mudança e foi o que aconteceu, com a eleição do inexpressivo Dr. Pessoa, prefeito de Teresina. Um político que se elegeu prefeito da capital piauiense, não por méritos próprios, mas, pelo desejo de mudança do eleitor teresinense.
Aqui não está em jogo as qualidades e os méritos do economista Rafael Fonteles que devem ser muitos, mas, o cansaço do eleitor piauiense com cinco governos de esquerda, sendo quatro mandatos petistas e um mandato socialista.
Insistir numa candidatura com um petista como cabeça de chapa é um erro crasso de inabilidade política e uma falta de entendimento da política num regime democrático, onde não existe a perpetuação no poder. Por mais competente e séria que sejam as administrações petistas, nada justifica à permanência de um partido por tanto tempo no poder. Três ou mais mandatos de um só partido, parece mais coisa de regime ditatorial.
O PT em 2022 deveria apoiar uma candidatura do PSD ou do MDB, até como uma maneira do eleitor piauiense poder comparar os governos petistas com um outro modelo de gestão.
O economista Rafael Fonteles, poderá ser usado como uma reserva estratégica pelo PT num futuro próximo, porque tudo sugere que o papel de líder desempenhado até aqui por Wellington Dias, está chegando ao fim e nesse caso, o atual secretário de Fazenda do estado do Piauí, poderá assumir o lugar hoje ocupado pelo governador. Quem viver verá!
A propósito: o PT nacional ao tentar concluir o seu projeto de poder que era de permanecer 20 anos no comando da vida nacional, acabou metendo os pés pelas mãos e jogou o Brasil nos braços da família Bolsonaro.
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