quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Sintonia Fina

O day after

 

O presidente da república e candidato à reeleição Jair Messias Bolsonaro, no dia de ontem, no palanque armado para a comemoração do bicentenário da independência do Brasil ao discursar para o público presente e um evento, que deveria ser cívico, mas, que foi usado por Sua Excelência, como palanque de campanha eleitoral, apelou para um discurso chulo, impróprio para o uso da autoridade máxima do país que deveria respeitar a liturgia do cargo que ocupa. Numa Ode ao seu pênis, Bolsonaro mais uma vez se disse ser imbrochável, alguém viril que nunca falha numa relação sexual. Uma afirmação que só as suas parceiras podem negar ou confirmar. Desnecessário dizer que o uso desse termo e a comparação entre a sua esposa e as outras mulheres não cabiam no seu discurso, por impróprios e inconvenientes. 

Pesquisas realizadas por 7 institutos apontam vitória de Lula

O candidato Bolsonaro ao atacar o Instituto Datafolha, porque todas as pesquisas realizadas por esse Instituto apontam uma liderança folgada de Luís Inácio Lula da Silva, esquece que outros seis (6) institutos de pesquisas confirmam os números do Datafolha, como por exemplo, o IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), o antigo IBOPE.

Os grandes ausentes do comício de Bolsonaro

Quem quiser chamar o evento que contou com a presença do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro em Brasília e na acidade do Rio de Janeiro, como um ato cívico pela comemoração do bicentenário da nossa independência pode chamar, mas, eu prefiro chamar de um comício de Bolsonaro. Por que digo isso! Porque nunca se viu no Brasil em nenhuma comemoração pela data da independência, um presidente da república, sem nenhum pudor, usar uma comemoração que deveria ser uma celebração de todos os brasileiros pela passagem de uma data bastante significativa, para o nosso, para fazer campanha política para sua reeleição. Bolsonaro usou sem nenhum constrangimento o nosso 7 de setembro para fazer campanha. Foi um verdadeiro sequestro dessa data. Uma apropriação indébita.

Ausências de Lira, Pacheco e Fux empanaram o brilho do comício de Bolsonaro

O presidente da república e candidato Jair Messias Bolsonaro, recebeu um duro golpe no dia de ontem, durante as comemorações do bicentenário transformadas em comício de campanha, com as ausências do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira e do presidente da Suprema Corte, o ministro Lux Fux. Sendo que a mais sentida de todas pelo presidente, evidentemente, foi a ausência de Lira, tido e havido como um fiel e grato servidor de Bolsonaro. Os outros nem tanto, porque em várias oportunidades, tanto Pacheco como Fux, já se mostraram autoridades com muita personalidade e independência do chefe do Poder Executivo.

São muitas as especulações sobre o comportamento de Lira que passou o dia 7 de setembro em campanha política no seu estado. A mais frequente é a seguinte: será que Lira, já prevendo a derrota de Bolsonaro no dia 2, escolheu essa data tão significativa para se afastar do seu aliado? Tudo é possível num momento em que em sete pesquisas eleitorais, Bolsonaro aparece numa situação periclitante.  

“Pra não dizer que eu não falei de flores”

Poupança tem saída recorde de R$ 22 bilhões em agosto, informa o Banco Central. Esse valor representa a maior retirada em um único mês desde o início da série história em 1995. Desde janeiro, R$ 85 bilhões já foram retirados das cadernetas em meio à alta de juros e endividamento das famílias.

Esses dados contrariam a queda no desemprego, porque se a economia brasileira estivesse melhorando, como sugerem os economistas do governo e com a melhora do rendimento da poupança, o lógico seria, não o saque do valor aplicado, mais o aumento da aplicação ou a retirada apenas do rendimento. Quando um poupador faz retirada da sua poupança, o faz por uma necessidade urgente. Quase sempre, para pagar dívidas que não foram honradas por causa do desemprego.

Frase do dia:

Proclamação da República, independência do Brasil, descobrimento do Brasil, Dia da consciência negra... precisamos conhecer melhor nossa história e parar de celebrar a hipocrisia...” (Ana Julia)

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