O carioca prefere à insegurança dos morros a segurança da planície. Como a cidade do Rio de Janeiro foi edificada entre o mar e as montanhas, quando as áreas próximas ao mar foram todas ocupadas, ao carioca pobre, não restou outra alternativa que não fosse subir os morros e morar perigosamente. Mesmo assim, ele prefere o morro a ter que morar no subúrbio, distante do centro da cidade e da zona sul.
A topografia dos morros da cidade do Rio de Janeiro é igual a dos municípios de Angra dos Reis, Petrópolis, Teresópolis e outras regiões do estado, onde predominam áreas montanhosas. Como a cobertura vegetal dos morros do Rio de Janeiro, foi quase que totalmente destruída, com o desaparecimento das árvores que protege o solo da erosão, qualquer chuva é capaz de provocar deslizamento de barreiras e consequentemente, tragédias.
O ex-governador Carlos Lacerda ainda conseguiu remover algumas favelas, transferindo os seus moradores para o distante subúrbio, mas com o surgimento da Federação das Favelas do Estado da Guanabara (FATEG), os governantes temendo a impopularidade, resolveram não mais querer remover a força, os moradores das favelas localizadas nas zonas sul e centro.
Se hoje o tráfico de drogas e a violência e as balas tiram o sono dos moradores das favelas (morros), até meados da década de 70 o grande pesadelo das comunidades era o fantasma da remoção.
Quem mora no morro, prefere conviver com o perigo, a ter que ir morar nos bairros mais distantes, como Padre Miguel, Santíssimo, Campo Grande, Santa Cruz, Vila da Cava (em Nova Iguaçu) e nos arredores de Caxias.
siga no Twitter o blog Dom Severino ( severino-neto.blogspot.com) @domseverino
Nenhum comentário:
Postar um comentário