segunda-feira, 4 de julho de 2011

Flávio Dino elogia Sarney e irrita a oposição

por Aline Louise e Clodoaldo Correa

As declarações do presidente da Embratur Flávio Dino ao site da revista Veja não repercutiram bem entre aliados que fazem oposição ao grupo Sarney no Maranhão. Embora Dino tenha dito que as diferenças regionais serão mantidas, a declaração de que o presidente do senado José Sarney “exerce um relevantíssimo papel no Congresso Nacional” não soou bem aos ouvidos de alguns aliados.

O deputado federal Domingos Dutra (PT), que protagonizou uma “guerra” para que o PT coligasse com Dino em 2010 com greve de fome na Câmara Federal, está na bronca pela forma como o comunista chegou à presidência da Embratur. Dutra classifica como obscura a ascensão de Flávio ao cargo. “Flávio Dino não discutiu comigo esta decisão. Não entendi a lógica de ele estar neste cargo. Não sei como foi o acordo, mas foi meio turvo. Claro que é um direito dele. Mas todos sabem como fui um dos que mais lutei para que o PT o apoiasse em 2010 com greve de fome e tal. Se comigo ele não discutiu, acredito que não o fez com os outros campos da oposição”.

O petista integrante da ala do partido contrária ao Palácio dos Leões, também não está nada satisfeito com a forma amigável como Dino tem tratado o principal desafeto de sua ala no PT. E a declaração favorável a Sarney tirou o Dutra do sério. “O que eu sei é que eu não concordo com a declaração de que Sarney tenha importante relevância para o Congresso. Ele só tem importância para a família dele e o Maranhão segue com os piores indicadores”

Sobre as futuras novas parcerias com o comunista, Dutra preferiu não descartar, mas fez questão de demonstrar a insatisfação com a postura de Dino. “Não fazemos alianças com pessoas, mas com partidos. O partido que tem afinidade com nossas ideias terá apoio. Acho que seria bem melhor se Flávio ficasse no Estado acumulando forças para 2014, organizando a oposição e os movimentos sociais. Mas se ele, a exemplo de Sarney, acha que o poder começa por Brasília, é uma outra estratégia”, afirmou.

Paulo Matos, presidente estadual do PPS, que também foi aliado de Dino em 2010, também não concorda com a declaração do comunista, mas não acredita em aproximação do ex-deputado federal com o grupo Sarney. “Discordo plenamente do Flávio quando diz que o Sarney é importante. Ele nunca prestou nenhum serviço relevante ao Maranhão nem ao Brasil. Porém, esta declaração não diz nada sobre mudança de postura. Não acredito em hipótese nenhuma em aproximação de Flávio com Sarney”, afirmou. Paulo Matos lembrou que Flávio já foi aliciado pelo grupo Sarney para ser candidato a senador e recusou o convite.

O presidente do PPS também não achou interessante para Dino assumir a presidência da Embratur. “O Flávio foi vítima da Dilma e do Lula nas eleições de 2010. Estar em um governo que o retaliou não é bom.
Eu não aceitaria participar de um governo que fez o que fez com ele e com o Maranhão”, disse. Vale ressaltar que o PPS é parte do campo de oposição ao governo Dilma no plano nacional.

Presidente do PSDB no Maranhão, Roberto Rocha, viu com naturalidade a nomeação. Para ele, isso é comum diante das alianças difíceis tecidas durante a campanha eleitoral de Dilma Rousseff (PT) em todo o país, o que a obrigaria em diversos contextos a nomear pessoas que, no campo regional, são adversárias. “O Brasil tem ambiente democrático muito mais aberto que no Maranhão, onde as coisas são sempre polarizadas,” analisou. (com o Imparcial)

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2 comentários:

Anônimo disse...

Flávio Dino, o importante não é a sua avaliação e “de sua meia dúzia”. O negócio tá é feio pro teu lado aqui em São Luis. Ninguém engoliu (viu com bons olhos) a sua indicação pra presidência da EMBRATUR. Como é quê Sarney vetou e depois liberou? Essa estória de que Dilma,depois da queda de Paloci, resolveu abrir o leque de apoios; é muita Filosofia Política pro meu gosto. E o povo também não é besta.

Com certeza foi um passo em falso. Flávio e sua perene/juvenil/sênior assessoria agiram infantilmente ao não perceber que colando com Pedro Novais, tudo mudaria. As suas vestes de “O grande oposicionista ao grupo Sarney” estão poindo, e muito cuidado! Pra não rasgar. Eu, desde o começo das investidas, disse: “deixem esses cargos federais de mão”. Isso é de fácil comprovação, Marcio Jerry disse-me que guarda meus e-mails numa pasta. Mas, “vocês” não aceitam opiniões, os conheço muito bem.

No meu entendimento, muita coisa chama-me a atenção. Primeiro: Flávio Dino descartava disputar a Prefeitura de São Luis (diante do seu desempenho pro Governo do Estado em 2010), e bastou ser sorteado com o longínquo cargo de presidente da EMBRATUR para abrir matéria no Jornal Pequeno dizendo que “tal função” não atrapalharia sua candidatura à Prefeitura de São Luis. Em seguida, o mesmo Jornal fez festa para Pedro Novais – pensando também no seu suplemento de Turismo. Esse matutino, agora permite, até mesmo, Roberto Costa “malhar” João Castelo, numa Coluna exclusiva para oposicionistas à Família Sarney. Tudo indica que houve uma troca de pretensões entre a Prefeitura de São Luis e o Governo do Estado em 2014. FOI UMA RODADA DE NEGOCIAÇÕES.

O que podemos concluir é que a bela imagem que se tinha do comunista revelação está manchada. E tudo indica que esse disputará pela segunda vez a Prefeitura de São Luis apoiado por ROSEANA SARNEY. Isso parece lógico: nos vértices do TRIÂNGULO GANANCIOSO estão Flávio Dino, João Castelo e Roseana Sarney - com lados adjacentes - claro! Então, se Flávio colar com Castelo, abdicará da Prefeitura de São Luis, e os dois enfrentarão “os mandões” em 2014. Caso contrário; Roseana colará com João Castelo e liquidará “a letra” do momento: Flávio Dino. Mas, isso são conjecturas passadas. TUDO CERTINHO...

MARCO ANTONIO CARVALHO DINIZ

Anônimo disse...

Flávio Dino, o importante não é a sua avaliação e “de sua meia dúzia”. O negócio tá é feio pro teu lado aqui em São Luis. Ninguém engoliu (viu com bons olhos) a sua indicação pra presidência da EMBRATUR. Como é quê Sarney vetou e depois liberou? Essa estória de que Dilma,depois da queda de Paloci, resolveu abrir o leque de apoios; é muita Filosofia Política pro meu gosto. E o povo também não é besta.

Com certeza foi um passo em falso. Flávio e sua perene/juvenil/sênior assessoria agiram infantilmente ao não perceber que colando com Pedro Novais, tudo mudaria. As suas vestes de “O grande oposicionista ao grupo Sarney” estão poindo, e muito cuidado! Pra não rasgar. Eu, desde o começo das investidas, disse: “deixem esses cargos federais de mão”. Isso é de fácil comprovação, Marcio Jerry disse-me que guarda meus e-mails numa pasta. Mas, “vocês” não aceitam opiniões, os conheço muito bem.

No meu entendimento, muita coisa chama-me a atenção. Primeiro: Flávio Dino descartava disputar a Prefeitura de São Luis (diante do seu desempenho pro Governo do Estado em 2010), e bastou ser sorteado com o longínquo cargo de presidente da EMBRATUR para abrir matéria no Jornal Pequeno dizendo que “tal função” não atrapalharia sua candidatura à Prefeitura de São Luis. Em seguida, o mesmo Jornal fez festa para Pedro Novais – pensando também no seu suplemento de Turismo. Esse matutino, agora permite, até mesmo, Roberto Costa “malhar” João Castelo, numa Coluna exclusiva para oposicionistas à Família Sarney. Tudo indica que houve uma troca de pretensões entre a Prefeitura de São Luis e o Governo do Estado em 2014. FOI UMA RODADA DE NEGOCIAÇÕES.

O que podemos concluir é que a bela imagem que se tinha do comunista revelação está manchada. E tudo indica que esse disputará pela segunda vez a Prefeitura de São Luis apoiado por ROSEANA SARNEY. Isso parece lógico: nos vértices do TRIÂNGULO GANANCIOSO estão Flávio Dino, João Castelo e Roseana Sarney - com lados adjacentes - claro! Então, se Flávio colar com Castelo, abdicará da Prefeitura de São Luis, e os dois enfrentarão “os mandões” em 2014. Caso contrário; Roseana colará com João Castelo e liquidará “a letra” do momento: Flávio Dino. Mas, isso são conjecturas passadas. TUDO CERTINHO...

MARCO ANTONIO CARVALHO DINIZ