quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Quando elegeremos o nosso Barack Obama?



Essa é uma pergunta muito oportuna e provocadora. Provocadora no sentido de mexer com o brio da raça negra, num país onde mais de 50% da sua população é afrodescendente, mas, a raça negra é pouco representativa nas Forças Armadas e nos três poderes da república. No Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, não tem um ministro negro sequer. Na iniciativa privada, eu particularmente não conheço nenhum negro no comando de uma grande empresa nacional. No Congresso Nacional se conta nos dedos o número de negros com assento na Câmara Federal e no Senado.

A Lei de Cotas ou Reserva aos negros de 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União, representa um salto na direção do resgate de uma dívida histórica deste país para com os negros, que ao serem alforriados, ficaram entregues as suas próprias sorte e sem nenhum tipo de proteção. Com a Lei Aurea, o negro só se livrou do tronco e do Pelourinho.

Talvez, daqui a 20 anos o Brasil eleja um negro presidente da república, após a ascensão social da raça negra e o surgimento de uma classe média formada por negros bem instruídos e ricos. A televisão e as agências de propagandas já se deram conta do enorme mercado consumidor formado por negros e a melhoria do poder aquisitivo dessa raça.

Como os negros neste país ainda não tem nenhuma grande liderança política, alguém capaz de promover uma grande revolução e despertar a consciência do povo negro e fazê-la compreender que os negros são maioria no Brasil, ainda não é possível pensar na eleição de um Obama brasileiro.

Até o momento presente, no Brasil, negro não vota em negro e pobre. Ocorre que a maioria da população negra neste país, ainda não adquiriu a consciência política necessária para votar em iguais.

Em tempo: O Superior Tribunal Federal (STF) salvou o encalacrado senador Aécio Neves. O voto de minerva da presidenta da Suprema Corte agrediu a consciência nacional.

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