O peleguismo foi um invenção do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), da era getuliana, que supervalorizou uma categoria, cujo dirigentes procuram se eternizar no comando do sindicato, não permitindo que outra liderança se sobressaia. O caso mais emblemático do dirigente sindical quase perpetuo, foi o do sindicalista Joaquim dos Santos Andrade (o Joaquinzão), que por oito vezes presidiu o Sindicato do Metalúrgicos de São Paulo e que durante o regime militar tornu-se símbolo do peleguismo nacional.
Joaquinzão que foi substituído por outro pelego, Luiz Antônio Medeiros, que por sua vez cedeu o seu lugar ao hoje deputado federal, o sindicalista Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical.
“Era uma vez um pelegaço chamado Joaquinzão (Joaquim dos Santos Andrade, 1926-1997). Ele presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo durante 22 anos, até 1987. Comprava e vendia greves, mas em janeiro de 1976 foi o único presidente de sindicato de metalúrgicos a protestar pela morte do operário Manuel Fiel Filho, assassinado no DOI-Codi do então 2º Exército. O sindicalismo do ABC, surgido nos anos 70, considerava-o ícone da corrupção sindical do entardecer da ditadura. Joaquinzão morreu pobre, numa modesta casa de repouso. Todos os seus sucessores, bem como os seus principais adversários, tornaram-se pessoas patrimonialmente prósperas e politicamente poderosas. (Quem quiser pode conferir: ele deixou um carro, uma pequena casa num bairro popular e um sítio.) Lula, seu jovem rival no século passado, preside hoje um contubérnio de sindicalistas com fundos estatais, corredores do Planalto e saletas do Ministério do Trabalho.” (Elio Gaspari)
Os dirigentes sindicais dos dias atuais são pessoas importantes e que vivem gozando de relativo conforto, desfilando em carrões caros, frequentando lugares da moda (sofisticado) e como o poder é afrodisíaco, fazem de tudo para nele permanecer. Na era Lula, sindicalistas e o poder em alguns momentos chegavam a se confundir.
Sob o governo Lula, os sindicatos só serviam para oferecer aos seus sindicalizados, serviços dentários e médicos. Greve, nem pensar!
No movimento sindical brasileiro, um presidente pode se eleger ad eternum.
Sob o governo Lula, os sindicatos só serviam para oferecer aos seus sindicalizados, serviços dentários e médicos. Greve, nem pensar!
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