Estudo desenvolvido na Escola de Engenharia de Lorena (EEL) verificou que supercondutores granulares apresentam fenômeno similar ao Efeito Hall, porém sem a aplicação de campo magnético. O Efeito Hall é um comportamento comum aos materiais condutores e consiste num desvio da corrente elétrica quando submetida ao campo magnético.
A partir disso, percebeu-se que, ao contrário do que se esperava, supercondutores granulares podem apresentar desvios de corrente elétrica e, consequentemente, voltagens (ddp) transversais, mesmo diante da inexistência de campos magnéticos.
“Este estudo básico constatou um comportamento incomum que poderá abrir caminho para outros tipos de pesquisas”, afirma o pesquisador Mário Sérgio da Luz, responsável pelo estudo.
Em 2009, a pesquisa foi premiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na área de Engenharia de Materiais, como uma das melhores teses do ano, sob o título de Efeito Hall em supercondutores granulares e de baixa dimensionalidade.
Supercondutores
Os supercondutores, como o próprio nome já diz, são materiais que conduzem corrente elétrica com resistência nula. Durante o processo de transporte da usina geradora de eletricidade até as residências, a energia elétrica é transportada por meio de fios que, por possuírem uma resistência alta transformarão eletricidade em calor.
A energia transformada em calor se dissipará no ambiente, resultando na perda de energia elétrica durante o percurso de transmissão. Com isso, surgiram os supercondutores que, quando mantidos em temperaturas muito baixas, são capazes de conduzir corrente elétrica com perdas de energia extremamente baixas.
Aplicabilidade
Atualmente, existem diversos tipos de supercondutores para variadas aplicabilidades. Entre elas pode-se destacar o uso de supercondutores em magnetos, que compõem os aceleradores de partículas, e em fios supercondutores utilizados em computadores, permitindo que os chips sejam cada vez menores e mais rápidos no processamento de dados.
Além disso, os supercondutores também agem sob diversos componentes eletrônicos — que funcionam à base de eletricidade, diminuindo o seu tamanho e o gasto de energia dos mesmos — e em ímãs como os utilizados nos trens de alta velocidade, conhecidos como trens magneticamente levitados. (Agência USP)
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