A votação do novo salário mínimo na Câmara Federal, que resultou na primeira de muitas vitórias do governo nessa casa, porque, como todos nós brasileiros sabemos, os parlamentares brasileiros não passam de vaquinhas de presépio.
Antes que alguém fique meio embatucado, sem saber o que quer dizer vaquinha de presépio, me adianto logo e explico: vaquinha de presépio é a pessoa eternamente agradecida, que só sabe dizer sim, que só fala sim. Mas no caso especifico do político brasileiro, vale ressaltar que ele sempre diz sim, não por ser um individuo sem personalidade própria, mas porque os nossos governantes - são sempre muito generosos e nunca deixam de atender aos pleitos dos “nossos representantes”.
Mas o humorista e agora parlamentar Tiririca, que todos nós, pessoas consideradas esclarecidas, julgávamos um tolo, um jaboti colocado sobre uma árvore, pela esperteza e profissionalismo político do paulista Waldemar da Costa Neto, que pensou ter usado esse cearense simplório para ajudar na sua eleição e do petista mensaleiro João Paulo Cunha, que não seria eleito se não fosse o caminhão de votos de Francisco Everardo, vulgo Tiririca; fomos todos nós surpreendidos pelo voto desse neófito nessa sua nova arte, que votou contra o salário proposto e aprovado pelas autoridades econômicas.
Veja o que disse Tiririca, ao explicar o seu voto contra o governo federal e a favor do trabalhador brasileiro. Um voto que a imprensa avaliou, sem antes ouvi-lo, como tendo sido um erro desse parlamentar na hora de digitar o voto: “Cá para nós, eu votei com o povo. Eu vim de onde? Quem me colocou aqui? Eu não estou aqui por acaso.” Nessa sua frase onde aparecem duas perguntas, o deputado federal Tiririca, desfaz o mito do seu suposto analfabetismo e se revela uma pessoa que pensa com a sua própria cabeça.
Ele pode ser um político anda ingênuo. Mas é preferível um político do tipo ingênuo, do que o do tipo espertalhão, corrupto e bandido.
Espero e torço para que o deputado federal Francisco Everardo, Tiririca continue nos surpreendendo a todos durante esses seus quatro anos de mandato eletivos.
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