segunda-feira, 11 de junho de 2012

A perda de mercados cativos barra retomada do crescimento

por Tomazia Arouche

A entrada dos EUA na Segunda Grande Guerra Mundial ajudou muito na recuperação econômica desse país, que não conseguia retomar o crescimento após a hecatombe de 1929. Com a entrada dos EUA nesse conflito, a indústria bélica norte-americana recebeu um grande impulso, passando a empregar muitos trabalhares que estavam desempregados em razão da Grande Depressão de 29.

Como o funcionamento da indústria bélica a todo vapor, a economia estadunidense voltou a aquecer, o que ajudou na retomada do crescimento dos EUA no pós guerra, que depois viria a ser o país responsável pela recuperação das economias européias - devastadas pelas sucessivas guerras que aconteceram na primeira metade do século XX.

A crise do liberalismo econômico abriu portas para a reformulação das práticas capitalistas e a relação das mesmas com o poder de intervenção que o Estado tem sobre a economia. O New Deal é o exemplo clássico dessa intervenção. Esse plano econômico abriu portas para que o Estado tivesse participação direta na economia nacional. Entre outras ações o New Deal estabelecia o controle na emissão de valores monetários, o investimento em setores básicos da indústria e a criação de políticas de emprego, com ênfase em infra-estrutura e saneamento básico.

Essa intervenção na economia pelo Estado através do New Deal sugerida pelos economistas que seguiam a orientação keynesiana acabou dando certo, em que pese à opinião contrária dos economistas que seguiam a cartilha de Adam Smith, que propugna a não intervenção do Estado na economia.

Com os países europeus debilitados e sendo socorrido pelos EUA, esse país do hemisfério Norte ao mesmo tempo em que ajudava a soerguer esses países, era também beneficiado por eles, uma vez que eles passavam a serem potenciais consumidores de produtos importados do país que lhes ajudava.    

Hoje em dia, a indústria bélica não tem um grande mercado e a auto-suficiência dos países europeus e dos ditos países emergentes, que passaram de consumidores de produtos dos EUA a competidores no mesmo seguimento de mercado, não favorecem a recuperação da econômica norte-americana.

Em se tratando de economia não existe milagre. De nada adianta o governo do presidente Barack Obama criar planos de fortalecimento da economia, se o mundo inteiro que consome produtos norte-americanos está mergulhados numa crise financeira profunda. Obama não é Deus e nenhum outro será capaz de fazer diferente do que está sendo feito pelo governo democrata. 

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