terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A polarização marcou as eleições municipais na Venezuela

O chavismo ganhou em número de votos,  mas a oposição ganhou em cidades emblemáticas

Dois blocos de peso muito similares seguem estando presentes nas lutas eleitorais. Nenhum  grupo cede. 

A polarização não cedeu espaço no país. Dois blocos de pesos muito similares seguem avançando no tempo e nas disputas eleitorais. As eleições municipais de 8 de dezembro comprovaram essa realidade. 

A socióloga Maryclen Stelling, considerou que as eleições municipais deste ano voltaram a demonstrar uma vez mais, a postura democrática da Venezuela ao votar em paz. Mas também, o país segue dividido. “Se avaliarmos o resultado eleitoral, e nos perguntarmos se aumentou a polarização, se um grupo cedeu e se somou a outro, vemos que não, o país segue dividido em dois blocos de peso e muito similares.      

Agora sim os resultados são revisados, desde o número de abstenção e o foco que orienta as lideranças tem a obrigação de se por à trabalhar.  Stelling considera que vale a pena aos dois blocos perguntar-se por que não baixaram o nível de abstenção histórico de mais de 40%.

 “Isso leva a perguntar-se porque a população não foi votar, já que a oposição apresentou essa eleição como plebiscitária  e o chavismo o apresentou essa eleição, como o dia da  lealdade a Chávez , mas não lograram diminuir a abstenção e aumentar a votação”.  Stelling responsabiliza que disse não ter a resposta, mas que os políticos devem buscá-la.

O governo perdeu espaço de caráter emocional,  como na capital de Barinas, cidade natal de Hugo Chávez, que agora caiu em mãos da oposição.

Enquanto que a aposta plebiscitária da oposição, a seu juízo terminou legitimando a figura do presidente Nicolás Maduro, e fez crescer a distância de votos entre ele e o governador do estado de Miranda Henrique Capriles.

Ao termino da contagem dos votos, a professora da UCAD, disse que o chavismo saiu vencedor, pois obteve maior quantidade de votos e maior número de prefeitos.   

“O resultado desse plebiscito prejudica Henrique Capriles, porque ele se debilitou como líder de  oposição, enquanto que o triunfo de Antonio Ledezma na capital  pode anunciar um novo comportamento de adequação da coligação de oposição, devido ao forte golpe que sofreu a oposição em Miranda,  com o avanço do chavismo, disse Stelling.

Essa cientista política considera que a mesa diretora da Unidade Democrática (MUD) seguirá sendo “só uma agregação de parcialidades, que se agregam em conjunturas eleitorais e contra um adversário, e não em torno de um projeto de país.

A socióloga destacou o caso de Barinas, terra de Hugo Chávez, como bastião simbólico para a oposição e a enorme diferença em Táchira, o que obriga o chavismo a pensar no que está fazendo.

Enquanto que a oposição disse que vai lutar para que sua plataforma unitária transcenda o momento eleitoral e que represente uma proposta de país e construa uma identidade ideológica. Fonte:El Mundo Online. Tradução: Tomazia Arouche

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