quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Obama: “Mandela libertou os prisioneiros, mas também os carcereiros”

Momento histórico: Obama cumprimenta Raúl Castro
Mesmo depois da sua morte, Mandela continua trabalhando pela paz. Mais de 90 líderes mundiais estiveram no estádio Soccer City do Soweto, para o adeus a Madiba. Mas só alguns subiram ao palanque.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, foi o primeiro a falar: “As Nações Unidas lutaram ao lado de Nelson Mandela e do povo sul-africano contra o apartheid. Usamos todas as ferramentas que tínhamos: sanções, embargo às armas, boicotes desportivos e isolamento diplomático. Falamos em alto e bom som, por todo o mundo. O apartheid morreu, mas, tal como ele seria o primeiro a dizer, a luta continua”.

Barack Obama comparou Mandela a Gandhi, Martin Luther King e Lincoln. Para o presidente americano, Madiba foi o último grande libertador do século XX: “Foi preciso alguém como Mandela para libertar não só o prisioneiro, como também o carcereiro. Para mostrar que é preciso confiar nos outros para que confiem em nós. Para ensinar que a reconciliação não é ignorar um passado cruel, mas sim confrontá-lo com a inclusão, a generosidade e a verdade. "Há muitos líderes que dizem ser solidários com a luta de Madiba, mas que não toleram as dissidências do seu próprio povo”.
Antes do discurso, Obama protagonizou um momento histórico, ao cumprimentar Raúl Castro. Apesar disso, e dos esforços de aproximação, os Estados Unidos e Cuba continuam de costas voltadas.
O presidente cubano lembrou uma velha história de amizade: “Nunca esqueceremos a emocionada homenagem de Mandela à nossa luta comum, quando nos visitou no dia 26 de julho de 1991 e disse que o povo cubano ocupa um lugar especial no coração dos povos de África”. com euronews

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