quinta-feira, 18 de julho de 2019

A poesia segundo Valdelino Cécio

Poema do descobridor

Amanheci cego
cego e mudo
só e triste

através do tato
consegui distinguir
a diversidade da paisagem
então
chorei
a paisagem era a mesma de outrora
a paisagem era
eu mesmo


Na ceia

No natal
Enquanto alguns comem peru
O resto leva no céu
As suas preces
Em nome de Deus
Amém

Valdelino Cécio foi um boêmio, poeta, pesquisador e amigo, como definiria Arlete Nogueira da Cruz Machado. Valdelino não teve grandes preocupações em se projetar poeticamente através de livros. Preferia lançá-los ao vento, dizê-los ao mundo
estrepitosamente, sem aceitar a confusão linguística, a placidez inerte de uma geração acomodada. (JM CUNHASANTOS)

Valdelino Cécio como poeta e Rosa Mochel como ambientalista foram meus guias espirituais. Após encontrá-los - o meu mundo não foi mais o mesmo. O Maranhão sem Rosa Mochel e Valdelino Cécio deixou de ter o mesmo encanto. Por uma questão de justiça não poso deixar de citar Nascimento de Moraes Filho, um militante ambiental em defesa da Ilha de São Luís. Três figuras imorriveis, como diria o diretor do documentário sobre o cantor e músico pernambucano Di Melo.

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