“A maioria
das sentenças da Lava Jato eu assinaria”. (Flávio Dino)
Essa mudança no discurso do governador do estado do
Maranhão, Flávio Dino, que antes vinha adotando um discurso radical contra a
Operação Lava Jato, tem um claro propósito: aparecer bem aos olhos da maioria
do povo brasileiro que apoia essa operação e acredita nos bons propósitos de
Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.
Com ressalvas, mas admitindo pela primeira vez a
importância da Operação Lava Jato, o governador Flávio Dino visa ganhar apoio
de um eleitorado que votou pela mudança em 2018, apostando num país menos
corrupto e no fim da impunidade.
“Eu não diria
que a Lava Jato foi totalmente errada, acho até que a maioria das sentenças da Lava Jato eu
assinaria”,
afirmou o governador Flávio Dino durante uma entrevista, ao ser questionado
sobre a Operação Lava-Jato. “Ela [a Lava Jato] foi derivada, sim, de graves
casos de corrupção”, defendeu, “mas também de interesses políticos e econômicos
inclusive internacionais”.
Qualquer pessoa minimamente inteligente e bem
intencionada não ousa questionar a importância da Operação Lava Jato que num
curto espaço de tempo histórico, investigou e condenou políticos e empresários
que sequestraram este país, muitos deles adeptos da máxima (bordão) imortalizada
pelo político paulista Ademar de Barros: “Rouba,
mas faz”. Como se realizar grandes
obras e colocar em execução grandes projetos desse direito ao gestor público e
ao político com mandato de assaltar o país.
Eu particularmente não acredito que houve um complô
de forças ocultas para condenar e prender sem provas políticos do Partido dos
Trabalhadores (PT), empresários e doleiros, para beneficiar um partido de
direita ou de extrema direita. A Operação Lava Jato que colocou o ex-presidente
da república, Luís Inácio Lula da Silva, atrás das grades vendo o sol nascer
quadro, também prendeu Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima (MDB) e tornou a vida
de Aécio Neves e outros figurões do PSDB num verdadeiro inferno. Isso para ficar só nos corruptos mais graduados.
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