quinta-feira, 9 de abril de 2020

Governantes contra OMS



Ninguém é estupido ao ponto de desconsiderar o efeito dessa pandemia sobre a economia mundial, mas entre salvar a economia e salvar vidas, a segunda opção deve prevalecer neste momento. Se determinado país dispõe de dados que lhe garante uma diminuição das restrições sem risco, é lógico que as restrições devem ser revistas no sentido de que a vida volte à normalidade, mas, insistimos: medidas adotadas a fim da redução das restrições só podem ser implementadas com absoluta segurança, para que não resulte em fracasso lá na frente, o que seria destruir tudo aquilo que já tinha sido conquistado.

A vida na Europa regressará gradualmente à normalidade. Estamos trabalhando, enquanto Comissão Europeia, em possíveis estratégias de saída e fazer recomendações aos Estados-Membros com base em provas científicas. A Presidente Von Der Leyen constituiu um grupo consultivo de virologistas e epidemiologistas europeus de renome. E, com o Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças, estamos avaliando quais as recomendações que podem ser dadas aos Estados-membros, no sentido de começarmos a levantar as medidas de restrição ”, disse Stella Kyriakides comissária de Saúde da União Europeia).

"Não é o momento para aliviar medidas. É o momento para, mais uma vez, para duplicar e triplicar os nossos esforços coletivos a favor da eliminação [do vírus], com o apoio de toda a sociedade. Peço a todos os países, independentemente da sua situação atual, para reforçarem as atividades em três áreas: proteção e treino dos profissionais de saúde no combate ao vírus, a manutenção das medidas de isolamento, em particular mantendo afastadas ", disse Hans Kluge.

Apesar de na União Europeia estar se verificando uma redução bastante significativa nos números de novos casos de infecção e morte pelo coronavírus, ainda não é o momento para aliviar as medidas adotadas pelos governos na luta contra a pandemia na Europa, atendendo a uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso na opinião do diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a União Europeia, Hans Kugle. A OMS que dispõe de dados que aconselham muita prudência na hora de tomar decisões tão importantes. 

O presidente brasileiro Jair Messias Bolsonaro, durante todo esse período de crise na saúde, provocada pela pandemia do coronavírus, vem batendo de frente com o seu ministro da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), como quem não liga para a ciência e só tem olhos para o mercado. Com o fim da crise na saúde a economia poderá ser recuperada e o país voltará a ter uma vida normal, mas, como se trata de proteger vidas, o aconselhável a fazer é seguir todas as recomendações da OMS.

No Brasil, particularmente, em vez de estar havendo uma redução no número de mortes e de pessoas infectadas, muito pelo contrário, a cada dia que passa aumenta o número de mortes e de pessoas doentes. Segundo dados coletados pelo ministério da saúde, já são 16.238 pessoas infectadas e 823 mortes. Isso desaconselha qualquer medida que vise relaxar as restrições recomendadas pela OMS. 

Em tempo: governadora de Tóquio contraria premiê do Japão e defende isolamento.

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