segunda-feira, 19 de outubro de 2020

O que já era ruim poderá ficar pior ainda

 

A situação do desemprego crescente no Brasil em função do panorama internacional se dá com base no desemprego estrutural e conjuntural. O desemprego estrutural que é causado pela adoção de novas tecnologias e processos, enquanto que o conjuntural é gerado por crises econômicas internas ou externas.

Com a crise do desemprego provocado pela pandemia do novo coronavírus e o emprego da digitalização nas empresas com alto grau de maturidade digital estão superando essa crise significativamente melhor do que seus concorrentes, mas esse emprego de digitalização em larga escola na atividade econômica, traz embutido um grave problema que é a substituição de mão de obra, o que fatalmente acarretará um problema ainda mais grave que é o desemprego de humanos.

A digitalização e ou o teletrabalho é uma nova forma de trabalho flexível, decorrente das evoluções tecnológicas observadas nos últimos tempos. Com o desenvolvimento da informática e a introdução das telecomunicações nas relações de trabalho, a digitalização e o teletrabalho ganham cada vez mais espaço, transformando as tradicionais relações laborais. “É preciso saber lidar com a inovação para não criar vítimas”. (Alain Touraine).

Sem que as empresas e os governos estabeleçam um pacto para determinar o quanto de inovação tecnológica poderá ser usado pelas empresas para não acabar ou reduzir a números insignificativos a presença humana na produção.  Afinal, a máquina não consome e sem mercado consumidor não existe atividade econômica sustentável.

Por Tomazia Arouche

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