Capacitar e equipar para emancipar o homem e torná-lo livre

 

“Combater a pobreza não é transformar pessoas e comunidades em beneficiários passivos de programas sociais. Toda pessoa tem habilidades e dons. Toda comunidade tem recursos e ativos. Combater a pobreza é fortalecer capacidades e potencializar recursos. ” (Ruth Cardoso)

O Brasil atual está precisando de um programa de governo, no molde do programa Comunidade Solidária, para combater a pobreza e potencializar as capacidades das pessoas, para que elas possam emancipar-se. Esse programa foi criado no governo do presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, conhecido como FHC e depois transformado no programa Bolsa Família, num dos governos petistas.

Só que existe uma grande e fundamental diferença entre o programa Comunidade Solidária e o programa Bolsa Família, porque enquanto o programa de FHC visava capacitar o homem para depois emancipa-lo, o programa Bolsa Família visa apenas distribuir renda sem se preocupar em tornar o homem, uma pessoa independente do poder público.

O programa Comunidade Solidária, tinha como finalidade essencial, a descentralização de ações praticadas pelo governo federal e o estímulo às vocações econômicas locais de cada estado, município ou região. Um dos tentáculos do Comunidade Solidária, o programa Capacitação Solidária teve como meta a inovação na capacitação profissional de jovens que atuavam de uma maneira que não fossem predeterminados os currículos de capacitação, se fazendo aprovar projetos publicamente de organizações não-governamental. Os cursos de alfabetização solidária, a universidade solidária, capacitação solidária, o artesanato solidário tinha como foco equipar o homem para a sua posterior emancipação.

Podemos afirmar sem medo de ser tachados de anti-petistas que o programa Comunidade Solidária não tinha um viés político, ou seja, o de ser usado como um programa assistencialista, clientelista e paternalista como é o programa Bolsa Família que embora seja um programa muito importante e necessário, sobretudo em momentos como este que vivemos, foi usado como um grande cabo eleitoral dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT).